DEPUTADO TUCANO ABRE MÃO DE MANDATO EM PROL DE ELEIÇÕES DIRETAS

Daniel Coelho se propõe a abrir mão de mandato em prol de eleições diretas

“Proponho não só eleições para presidente, mas também a necessidade de anteciparmos a eleição para o Congresso Nacional”, diz o deputado federal Daniel Coelho (PSDB-PE), em vídeo postado em seu Facebook; “Estou disposto a abrir mão do meu mandato para que eleições sejam realizadas ainda este ano, garantindo uma nova Câmara dos Deputados, uma nova composição do Senado e um novo presidente eleito, pelo voto direto, para que a gente consiga tirar o Brasil da atual crise”, afirma

Pernambuco 247 - O deputado federal Daniel Coelho (PSDB-PE) afirma nesta quinta-feira (18), em vídeo postado em seu Facebook, que estaria disposto a abrir mão do mandato do seu mandato para que novas eleições gerais fossem realizadas ainda este ano. O parlamentar acredita ser necessário que aconteçam eleições diretas para presidente, além da renovação de todo o Congresso Nacional, com o novo pleito também para deputados e senadores.

“Proponho não só eleições para presidente, mas também a necessidade de anteciparmos a eleição para o Congresso Nacional. Estou disposto a abrir mão do meu mandato para que eleições sejam realizadas ainda este ano, garantindo uma nova Câmara dos Deputados, uma nova composição do Senado e um novo presidente eleito, pelo voto direto, para que a gente consiga tirar o Brasil da atual crise”, diz.

Na manhã desta quinta-feira, Daniel protocolou, junto com oito deputados do PSDB, pedido de impeachment do presidente Michel Temer. Da mesma forma, o partido afastou o senador Aécio Neves da presidência da sigla. No vídeo, Daniel também comentou esses fatos.

“É um momento difícil para o país, mas também é a prova de que as instituições estão funcionando. A Justiça, a Polícia Federal, a Operação Lava Jato estão fazendo aquilo que o Brasil espera, mostrando que todos Têm que ser tratados de forma igual perante a lei. Protocolamos o pedido de impeachment de Temer e o PSDB já afastou o senador Aécio Neves da presidência do partido", reforça o congressista.

“A luta pela ética, por aquilo que é correto, não pode ser uma luta partidária. A lei é para todos. Tem que servir a Temer, tem que servir para Dilma, ela tem que servir a Aécio, a Lula, a mim a você e a qualquer outro brasileiro”, acrescenta.

Delação da JBS

De acordo com os donos da JBS, os empresários Joesley Batista e seu irmão Wesley, Michel Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que controla a JBS).

Depois, o parlamentar foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley. O empresário disse a Temer que estava dando ao ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ficarem calados. Diante da informação, Temer incentivou: "Tem que manter isso, viu?". O teor das delações foi publicado pelo colunista Lauro Jardim, do Globo.

Em pronunciamento nesta quinta-feira (18), Temer disse que não renunciará. “Sei o que fiz e sei da correção dos meus atos, e exijo investigação plena e muito rápida para os esclarecimentos ao povo brasileiro. Essa situação de dúvida não pode persistir por muito tempo”, afirmou. "Não renunciarei. Repito não renunciarei", acrescentou.

Através de sua assessoria, o deputado Rodrigo Rocha Loures informou que ele que vai "esclarecer os fatos divulgados" sobre a delação.

Vendas de cargos e corte de juros

Por meio de seu operador Rodrigo da Rocha Loures, Temer deu à JBS o direito de nomear servidores em vários órgãos federais, em troca de propina, oferecendo cargos na Receita Federal, no Cade, na Comissão de Valores Mobiliários, no Banco Central e na Procuradoria da Fazenda Nacional, segundo informou Lauro Jardim (veja aqui).

Temer também antecipou a Joesley Batista uma informação privilegiada, a de que o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, cortaria a taxa de juros em 1 ponto porcentual, informa a Folha.

Aécio Neves

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) também foi gravado, pedindo R$ 2 milhões a Joesley para supostamente pagar advogados. O dinheiro foi entregue a um primo do presidente do PSDB. Segundo a PF, que filmou a cena, o dinheiro foi depositado numa empresa do senador Zezé Perrella (PSDB-MG).

O colunista Lauro Jardim informou que, na conversa com Joesley Batista no Hotel Unique, em São Paulo, no dia 24 de março, Aécio lhe ofereceu a possibilidade de nomear um diretor da Vale. Foi naquela ocasião que Aécio pediu R$ 2 milhões para, supostamente, pagar advogados.

O tucano tratou a propina como venda de apartamento. "Foi proposta, em primeiro lugar, a venda ao executivo de um apartamento de propriedade da família. O delator propôs, entretanto, já atendendo aos interesses de sua delação, emprestar recursos lícitos provenientes de sua empresa, o que ocorreu sem qualquer contrapartida, sem qualquer ato que mesmo remotamente possa ser considerado ilegal ou mesmo que tenha qualquer relação com o setor público. Registre-se ainda que a intenção do senador sempre foi, quando da venda do apartamento, ressarcir o empresário", disse ele, em nota.

O senador também sugeriu escolher delegados da Polícia Federal para estancar a Operação Lava Jato, na conversa com o empresário Joesley Batista, da JBS. O tucano também chama o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, de "bosta do caralho" (veja aqui).

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