Os motivos da hegemonia de Guilherme Uchôa na ALEPE

por Edmar Lyra 

Os deputados estaduais escolherão hoje os integrantes da mesa diretora da Assembleia Legislativa de Pernambuco que deverá ser composta por Guilherme Uchoa (presidente), Diogo Moraes (primeiro-secretário), Cleiton Collins (primeiro vice-presidente), Romário Dias (segundo vice-presidente), Vinicius Labanca (segundo-secretário), Júlio Cavalcanti (terceiro-secretário) e Eriberto Medeiros (quarto-secretário).

Chama a atenção que Guilherme Uchoa ocupará pelos próximos dois anos a presidência da Casa Joaquim Nabuco, serão doze anos ininterruptos no cargo, uma dinastia jamais vista na ALEPE, uma vez que Romário Dias foi o presidente que mais vezes ficou no cargo, antecedendo o próprio Guilherme por três vezes, o equivalente a metade do que o atual presidente ficará no cargo, mas essa hegemonia não é de forma gratuita.

Guilherme, que é juiz aposentado, tem grande interlocução com o Poder Judiciário, além disso é respeitado pelo Palácio do Campo das Princesas, atributos que poucos parlamentares possuem, o que permite ao presidente defender com unhas e dentes os interesses do Poder Legislativo estadual. Outro fator importante reconhecido pelos pares é a forma com que o presidente trata ex-deputados, quase sempre abrigando-os na estrutura administrativa da Casa Joaquim Nabuco, essa postura de Guilherme pode até ser condenada pela sociedade, mas quem tem mandato eletivo e sabe das dificuldades de uma eleição entende o quanto é importante na política poder contar com alguém que possa lhe estender a mão, e é assim que o presidente procede sempre que vê algum colega passando por dificuldades.

Não só de gestos com os pares fazem de Guilherme um presidente reconhecidamente competente, foi sob sua batuta que a Casa realizou um concurso público após mais de uma década dando posse praticamente imediata aos aprovados, além da reforma do edifício sede do Poder Legislativo estadual que foi fundamental não só para abrigar os gabinetes dos deputados como também poder receber a população. Está prevista para 2017 a entrega do novo plenário da Casa, que também vai permitir que o atual Palácio Joaquim Nabuco se torne um museu, uma vez que é um prédio tombado e há muito tempo já não comporta o fluxo de pessoas que o frequentam para acompanhar as sessões plenárias.

Guilherme entrará para a história do legislativo como o mais longevo presidente, quebrando uma escrita futebolística que ainda perdura no nosso estado, mas que na política só ele poderá ostentar: hexa é luxo!

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