Maciel Melo sai em defesa de Irah Caldeira e cobra a Paulo Câmara nova política cultural

Foto: Divulgação
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por Amanda Miranda
Do Blog do Jamildo
O cantor Maciel Melo saiu em defesa da cantora Irah Caldeira, que denunciou que o Governo de Pernambuco ainda não pagou cachês referentes a shows no período de São João quatro meses após o período junino. O músico fez uma publicação na sua página no Facebook destinada ao governador Paulo Câmara, em que cobra o pagamento dos valores para ele também e uma mudança da política cultural no Estado.

“É humilhante para qualquer artista ter que mendigar a um e a outro pra agilizar o pagamento do seu trabalho, como se estivesse prestando favor”, afirma Maciel Melo na nota.

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O artista ainda classifica a falta de pagamento como “vergonhosa” e diz que exige o que lhe é de direito. “As eleições acabaram, estão todos satisfeitos, agora vamos ver se põem em prática os programas de governo bradados nos palanques. Os artistas estão se revoltando com toda razão, e venho aqui dizer que vou junto com os que quiserem se manifestar, buscar alguma resposta. Ou melhor buscar o que é nosso”, diz na publicação.

» Leia a íntegra do manifesto de Maciel Melo a Paulo Câmara:

“Atenção governador:

Dessa vez venho aqui compartilhar a indignação de Irah Caldeira. Essa artista corajosa e trabalhadeira, uma cidadã e uma pessoa íntegra. Essa indignação não é só dela, é minha também. Não há justificativa que me convença, de se contratar um artista ou qualquer profissional que seja, e demorar 5, 6, 7, 8 meses, e às vezes até um ano pra se pagar seu serviço prestado. Nós somos contratados pra bancar as festividade do governo do estado. Pois pagamos adiantado todos os custos para a realização dos eventos. Hospedagens, cachês de músicos, alimentação, transporte e tudo o mais que for necessário para que esses eventos sejam realizados. Estou cada vez mais perdendo o ânimo. Somos além de artistas homens e mulheres de bem. Cidadãos comuns. Cumprimos com nossos deveres e portanto merecemos respeito. Todos os envolvidos nesses contratos são pais de família, precisam manter seus filhos e dar o mínimo de dignidade a eles. Está na hora de nos juntarmos e cobrar seriamente uma mudança na política cultural de Pernambuco. Somos nós que mantemos ela viva. Somos nós que alimentamos a permanência de nossas tradições. Somos nós que vivemos aqui. Se os artistas de fora vem e recebem seus cachês em prazo curto, os nossos eram pra serem mais curto ainda, afinal a verba que é destinada pra cultura sai dos nossos impostos, que são descontados pelo pé, depois de uma cansativa espera. É humilhante pra qualquer artista ter que mendigar a um e a outro pra agilizar o pagamento do seu trabalho, como se estivesse prestando favor. É humilhante o artista ter que ouvir de um músico, ou outro funcionário seu, que só trabalha pra você se não for para órgãos do estado. É vergonhoso isso governador. Espero que este texto cheque aos olhos do senhor ou de alguém que repare e resolva pagar o que nos devem. Está na hora de acabar com esse conformismo e exigirmos o que nos é de direito. As eleições acabaram, estão todos satisfeitos, agora vamos ver se põem em pratica os programas de governo bradados nos palanques. Os artistas estão se revoltando com toda razão, e venho aqui dizer que vou junto com os que quiserem se manifestar, buscar alguma resposta. Ou melhor buscar o que nosso.”

Blog de Jamildo questionou às secretarias de Cultura e de Turismo, Esportes e Lazer sobre as denúncias. A assessoria de imprensa da pasta de Turismo afirmou que a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), ligada à de Cultura, responderia, mas o órgão disse que vai analisar o caso nesta terça-feira (8).

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