Diga-me com quem comungas. . ., por Dario Gomes


Há um provérbio popular que diz: Diga-me com quem andas e direi quem és.

Apesar de ser uma aparente verdade, esse provérbio não traz a realidade dos fatos. É de se notar que nem sempre o andar com alguém é o mesmo que comungar com esse alguém. 

Andar com alguém pode ser uma necessidade ou uma situação impetrada por uma condição. Andamos com alguém por causa do trabalho ou por causa dos laços familiares ou ainda por consequências de destino, mas isso não implica dizer que comungamos com essa pessoa de suas atitudes ou obras. Podemos até viver debaixo do mesmo teto e não aceitarmos determinadas atitudes.

Quem nos vê, andando com alguém, pode até nos julgar, e ter uma imagem retorcida daquilo que somos, o mesmo podemos fazer com os outros. É necessário se ter um conhecimento mais profundo acerca das pessoas, para então termos conclusões.

Se observarmos os laços de amizade feitas por Jesus, poderíamos nos equivocar quanto a sua pessoa. Ele chama Judas Iscariotes de “amigo” Mateus 26:50 - Jesus, porém, lhe disse: Amigo, a que vieste? Então, aproximando-se eles, lançaram mão de Jesus, e o prenderam.

Se fôssemos analisar Cristo poderíamos nos equivocar dizendo que quem anda com um sujeito da estirpe de Judas, com certeza, é igual a ele, mas, por andar com Judas, Jesus nunca se tornou traidor, Ele continuou sendo santo até o fim.

Se formos analisar Judas também poderemos dizer: Uma pessoa que anda com Jesus só pode ser um santo e se não for, vai se tornar. Contudo Judas nunca se santificou, nunca melhorou, nunca mudou de vida, mesmo andando com Jesus.

Dois homens que andaram juntos e nunca tiveram comunhão. Nunca comungaram as mesmas atitudes. Estavam no mesmo caminham, mas tinham pensamentos tão diferentes.

Podemos, se preciso for andar com qualquer que for, mas comunhão só com os que são de Cristo.

II Corintios 6:14 - Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? 

Eu não posso me tornar trevas para poder viver em meio as trevas. Nós somos o que somos em Cristo Jesus nosso Senhor e Salvador.

I Corintios 5:9-10 - Já por carta vos tenho escrito, que não vos associeis com os que se prostituem; Isto não quer dizer absolutamente com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os roubadores, ou com os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo.

Não vos associeis, quer dizer: não fazer sociedade, no caso, comunhão.

Efésios 5:11 - E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as.

Conheço pessoas que são obrigadas a conviverem com os mais diversos tipos de pessoas: boas ou más, honestas ou desonestas, contudo permanecem naquilo que aprenderam sem se contaminar com as obras infrutuosas das trevas. 

Jesus não se tornou mal por ter Judas entre os seus e Judas nunca se tornou bom por ter Jesus como amigo, eram totalmente antagônicos entre si. Embora comessem do mesmo pão não compartilhavam a mesma comunhão. Jesus é bom, Judas mal. Trevas e luz não comungam. Mas existe um e outro. Sempre existiu. Para que possam existir em um mesmo local, deve haver uma separação entre ambos, uma parede deve ser colocada, uma divisória, algo que não deixe se misturar, porque se misturar, a luz vai prevalecer, se a luz brilha, as trevas fogem.

Embora vivamos entre homens, que brilhe a nossa luz diante deles. Antes de julgarmos as pessoas, devemos cuidar de saber quem, na verdade, são. Podemos nos equivocar se julgamos conforme a aparência e não segundo a justa justiça.

João 7:24 - Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça.

Da próxima vez observe com que e o que se comunga. Porque eu digo: Diga-me com quem comungas e eu te direi quem és?

Um abraço e até a próxima, se Deus permitir.

*Dario Gomes de Araujo é Evangelista da Igreja Assembleia de Deus e atualmente é gestor na cidade de São José do Egito

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