Ao dizer que fica até 2017, Cunha deixa STF em saia justa

Peemedebista afirma que continuará no comando da Câmara até fevereiro


KENNEDY ALENCAR 
BRASÍLIA

Em entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo”, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que só deixará o cargo em 1º de fevereiro do ano que vem. Foi uma reação à sugestão de bastidor para que ele renuncie à presidência da Câmara assim que tiver início um eventual governo Temer.

A declaração teve repercussão no Supremo Tribunal Federal e entre os articuladores do futuro governo Temer. No Supremo, pegou mal, porque há possibilidade de o tribunal julgar em breve o pedido do Ministério Público para o afastamento de Cunha da presidência da Câmara e também do mandato.

A afirmação do peemedebista não o ajuda no Supremo, que fica numa saia justa. Em relação aos articuladores do governo Temer, a leitura foi de que Cunha mandou um recado: não aceita pressão para renunciar ao comando da Câmara.

Pedra no sapato

Na hora em que o PT está sendo apeado do poder, a Lava Jato avança sobre um importante líder da oposição e também sobre a cúpula do PMDB. Ou seja, quer investigar políticos que darão apoio ou participarão do futuro governo Temer.

Em resumo, a Lava Jato continuará a ser um problema para quem estiver no Palácio do Planalto.

Baseado na delação premiada do senador Delcídio do Amaral, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) a abertura de inquérito contra o presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), e integrantes da cúpula do PMDB, entre os quais o senador Romero Jucá (RR), cotado para ser ministro do futuro governo Temer.

A delação de Delcídio também pode resultar em pedidos de investigação contra a presidente Dilma e o ex-presidente Lula.

Assista aos temas de hoje do “SBT Brasil”:

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