MST NEGA QUE OCUPAÇÃO SEJA RETALIAÇÃO A DELAÇÃO DE CORRÊA


Líder do MST em Pernambuco, Jaime Amorim, negou que a ocupação da Fazenda Nova Esperança, pertencente ao ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP), seja uma retaliação ao acordo de delação premiada que o ex-parlamentar está negociando com a Justiça; "Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Apesar de que nós, pessoalmente, discordamos do fato de ele ter aceitado a delação premiada. Todo delator é um traidor. E o país não pode ficar submisso a um traidor. Mas na ocupação não tem nada a ver", disse; neste final de semana, a revista Veja publicou uma matéria onde afirma que Corrêa teria dito à Justiça que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff tinham conhecimento do esquema investigado pela Lava Jato

Pernambuco 247 - O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Pernambuco, Jaime Amorim, negou que a ocupação da Fazenda Nova Esperança, em Brejo da Madre de Deus, no Agreste pernambucano, que pertence ao ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP), condenado a 7,2 anos de prisão na Ação Penal 470, o chamado escândalo do mensalão, seja uma retaliação ao acordo de delação premiada que o ex-parlamentar está negociando com a Justiça. O MST disse, ainda, que está dando entrada na documentação para manterá ocupação e que só deverá deixar o local caso seja comprovada que a fazenda foi adquirida legalmente.

Neste final de semana, a revista Veja publicou uma matéria com o conteúdo da delação de Corrêa à Justiça. Segundo a reportagem, o ex-parlamentar terá dito que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha conhecimento do esquema de desvios e corrupção na Petrobras que é investigado pela Operação Lava Jato. Ele também disse que a presidente Dilma sabia do esquema. Ao saber da ocupação do MST, o advogado e primo do ex-deputado, Clóvis Corrêa, acusou o movimento de promover uma retaliação à denúncia.

"Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Apesar de que nós pessoalmente discordamos do fato de ele ter aceitado a delação premiada. Todo delator é um traidor. E o país não pode ficar submisso a um traidor. Mas na ocupação não tem nada a ver. A ocupação é porque a fazenda é improdutiva, é uma grande propriedade, e os trabalhadores já estão há meses sinalizando para ocupar a Fazenda Nova Esperança", disse Jaime Amorim em entrevista à Rádio Jornal do Commercio.

"Seria muita ingenuidade. Nós não teríamos capacidade de mobilizar de um dia para o outro. Aliás, até a ocupação foi realizada, na prática, antes de a revista chegar às bancas. A Fazenda foi ocupada porque é uma grande propriedade de 2 mil hectares", completou. Segundo a família do ex-deputado, a fazenda Boa Esperança possui cerca de 800 hectares.

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