O veneno da serpente

Por Dário Gomes*
Cada espécie, em sua natureza, trás em si as marcas ou sinais daquilo que realmente é. O andar vagaroso de uma tartaruga; o voar, meio sem jeito, de uma borboleta; o canto solene ou alegre de um pássaro; o rugido forte de um animal feroz; a brutalidade de um tubarão dilacerando a presa, tudo isso é de admirar. 

Mas o homem, ápice da criação, conseguiu dominar as alimárias, fazendo-as obedecer a sua voz e tornando-as submissas à sua vontade.

Desde os tempos mais remotos temos animais trabalhados, domesticados, adestrados, dóceis, submissos, deixando-se guiar pelo mais simples gesto da mão que os domina. Muitas vezes são fortes, grandes, terríveis, mas acabam se tornando mansos e frágeis.

Porque toda a natureza, tanto de bestas feras como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se amansa e foi domada pela natureza humana; Tiago 3:7

É o domínio do homem, que a tudo põe limites, na terra, no mar, no ar.

Às vezes o homem perde o controle sobre aquilo que tem por presa, então a fera se levanta furiosa, mata, despedaça, ignora o domínio e o dominador, até que, com um ato único de desespero, o homem investe contra a fera, tira-lhe a vida e faz cessar toda sua fúria.

Não se pode esquecer que uma fera dominada é tão perigosa que qualquer outra sobre a terra: a onça continua com suas presas agudas, o urso com suas longas unhas, a serpente com seu terrível veneno, cada espécie com sua arma de defesa.

Quando li e assisti as baixarias ditas pelo repórter da Band, Ricardo Eugênio Boechat, 62 anos, em resposta ao Pastor Silas Malafaia, veio-me à mente que cada um só expõe aquilo que tem. Admiro-me ver um homem formado, com cursos de dialética, linguajar polido, bem apresentável, descer ao mais baixo da linguagem humana e sem a menor noção dizer as besteiras que ele falou. É lamentável em se tratando de um homem com um público já consagrado. Mas ele só colocou prá fora o veneno que tinha guardado, aquelas palavras estavam e sempre estiveram no seu coração, ele só as expos.

A serpente, por mais que a domine, terá em si o veneno que sua espécie tem. Boechat só cuspiu o veneno que tem dentro de si, por mais que estude, por mais que se deixe dominar, haverá sempre um dia em que se revelará o que verdadeiramente tem dentro de si.

Se o referido repórter tivesse dado uma resposta acadêmica e convincente, ele poderia, se argumento tivesse, calar a boca do pastor e assim mostraria aos seus inúmeros leitores e ouvintes a sua capacidade de conhecimentos, envergonharia o pastor e prevaleceria por argumentos, mas que fez? Desnudou-se diante de todos falando das vergonhas da carne de forma chula e impropérios sem o menor pudor ou respeito pelos seus.

Boechat, infelizmente deixa para a nossa geração, o seu mau exemplo, mostrando a sua incapacidade de, como homem público e repórter, defender seus próprios direitos e muito menos os direitos dos que lhe ouvem diariamente.

O veneno da serpente está, por natureza, na sua própria estrutura.

Um abraço e até a próxima, se Deus permitir.

*Dário Gomes de Araujo é Evangelista da Igreja Assembleia de Deus e atualmente é gestor na cidade de São José do Egito

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