A cidade que "todos querem”, dependendo da situação

Por Robério Correia*
Dependendo da situação, nossa cidade é, ou será, um “paraíso” ou um “inferno”.

A Zona da Mata pernambucana está ARRASADA há décadas, depois do fechamento da maioria das usinas de açúcar. A SUDENE liberava dinheiro a RODO para investimento e os empresários do ramo, só se preocupavam em dar vida boa aos vagabundos dos filhos. Quem seguiu este esquema, “simplesmente”, QUEBROU e não pagou. Os mais inteligentes não só investiram na modernização do parque industrial que já tinham na nossa região, como descobriram o Centro-Oeste, cujo custo de produção muito mais baixo, aumentou EM MUITO os lucros das empresas. Lá nos “CAFUNDÓS" do Centro Oeste. Estes sobreviveram e progrediram. E o que isso tem a ver conosco? 

Continuamos “nos achando”. E, PIOR, achando também, que “somos insuperáveis”.

Nunca consegui esquecer Detroit - EUA. Que tinha 2 MILHÕES de habitantes na década de 50, e, HOJE, tem um terço disso (o Google tá aí pra comprovar). Com prédios de 40, 50, 60… andares abandonados. Sem falar nas casas, cuja maioria foi tomada pelos bancos naquela famigerada crise do subprime, onde os americanos pegavam dinheiro sem limites, dando como garantia uma casa já hipotecada, 2, 3, 4, 5 vezes.

Até quando vamos nos preocupar, APENAS, com a próxima eleição, HEIN!?

Quando vamos imaginar que, se começarmos a nos preocupar com nossos problemas CRÔNICOS, que nos maltratam desde SEMPRE, AGORA, JÁ, IMEDIATAMENTE, ainda vamos levar uns 10 anos pra recuperar o tempo perdido? 

Nas minhas andanças pela cidade, só enxergo o resultado da OMISSÃO. Porém, quem estiver MALUCO, que diga que alguém é culpado. Uma parte da população da cidade só vê o “paraíso” e, em hipótese alguma, aceita que alguém reclame. A outra, só vê o lado obscuro, tenebroso. 

Uma linha muito tênue separa paraíso e inferno na nossa cidade. Tudo vai depender de quem estiver no poder político.

Vida boa, aqui, é poder debochar do vizinho com a musiquinha ridícula do seu candidato. E assim vamos caminhando. “Melhor aceitar, que dói menos”, né?

*Robério Correia é torcedor fanático do Santinha e um sulanqueiro assumido. Como ele mesmo diz "nunca fiz outra coisa na vida para ganhar dinheiro que fosse fora da sulanca".

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