Aliado de Campos diz que vai processar delator de propina na eleição de PE

Da Folha de São Paulo

O candidato ao governo de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), disse em nota que está tomando "todas as medidas judiciais cabíveis" contra o deputado federal José Augusto Maia (Pros-PE), que afirmou à Folha ter recebido oferta de "vantagem financeira" para que seu partido integrasse a coligação do pessebista, escolhido pelo presidenciável Eduardo Campos para sucedê-lo no comando do Estado.

"Anuncio que estou tomando todas as medidas judiciais cabíveis contra José Augusto Maia e todos os envolvidos nesta nefasta e inadmissível atitude. Mais do que uma retaliação, do mais baixo nível, como se poderia esperar, pelo seu autor, fui vítima de um golpe que me obriga a reagir, imediatamente, e com força proporcional - não necessariamente à repercussão, mas à intenção", diz o texto.

Em nota divulgada nesta quarta-feira (23), Câmara classificou a denúncia de Maia como "uma tentativa caluniosa de me descredibilizar". O candidato ao governo ressaltou ainda que o deputado do Pros "responde a duas ações criminais por fraude em licitação e formação de quadrilha e foi condenado pela justiça pernambucana por improbidade administrativa, tendo seus direitos políticos suspensos por três anos".

O deputado disse em entrevista à Folha que recebeu e recusou oferta de "vantagem financeira" para que seu partido integrasse formalmente a coligação de Câmara. A outros deputados - dois deles foram ouvidos sob condição de anonimato pela Folha e contaram a mesma história - Maia afirmou que a oferta foi de R$ 6 milhões, sendo que R$ 2,5 milhões seriam reservados a ele.

De acordo com o relato de Maia, a proposta de vantagem financeira foi feita a ele pelo presidente nacional do Pros, Eurípedes Jr., e pelo líder da bancada do PP na Câmara, Eduardo da Fonte (PE). Ambos negam a oferta de dinheiro.

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