Confissão de propina a ex-presidente do PSDB deve abafar caso Petrobras

Em depoimento, Paulo Roberto Costa confessa que ex-senador e ex-presidente do PSDB, Sergio Guerra, recebeu R$ 10 milhões em propina. Envolvimento de tucano no escândalo deve abafar uso da Petrobras na campanha eleitoral

Sergio Guerra e Aécio Neves. De acordo com delator Paulo Roberto Costa, Guerra recebeu R$ 10 milhões em propina. Informação de que figurão tucano está envolvido em escândalo pode atrapalhar os planos de Aécio Neves em explorar eleitoralmente o caso Petrobras (divulgação)

Sérgio Guerra extorquiu a Petrobras e levou R$ 10 milhões em propina para encerrar a Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras, aberta em julho de 2009 no Senado. É o que afirma o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa em delação premiada.

Segundo ele, o então presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra – morto em março deste ano, disse que o dinheiro seria usado para a campanha de 2010. O pagamento teria ocorrido depois que a CPI foi fechada sem punições, em 18 de dezembro de 2009.

A comissão investigava irregularidades nas obras da Abreu e Lima, em Pernambuco – que desencadearam a Operação Lava Jato da Policia Federal neste ano.

O depoimento é um complicador para a estratégica política do PSDB, de usar o esquema comandado por Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, como arma contra o PT, às vésperas do segundo turno. Ontem, numa outra revelação, surgiu a história de que o senador Fernando Bezerra Coelho, do PSB, também levantou R$ 20 milhões para a reeleição de Eduardo Campos, em 2010. Assim, o esquema denunciado na Operação Lava-Jato se torna mais ecumênico e suprapartidário – e não apenas petista.

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