Cesta básica de Caruaru registra maior aumento desde o ano passado

Alunos do curso de Ciências Contábeis e de Gestão Financeira Do Centro Universitário do Vale do Ipojuca (Devry|UNIFAVIP), divulgaram pesquisa referente ao custo da cesta básica para a cidade de Caruaru-PE, pertencente ao mês de Março de 2017. O estudo foi realizado baseado na metodologia do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos).

De acordo com a pesquisa, o preço da cesta básica caruaruense no mês de março foi de R$ 273,80, registrando um aumento de R$ 13,43 (5,16%), em relação ao mês de fevereiro. Este aumento é o maior do ano até agora e o maior desde setembro do ano passado, que apresentou crescimento de 8,39% em relação ao mês anterior.

Os alimentos que significaram o maior peso na determinação do valor total da cesta foram a carne (20,76%), os legumes (16,33%), o pão (15,09%) e a banana (14,20%). Para comprar a quantidade necessária de carne do mês, o morador de Caruaru desembolsou em média R$ 56,84 no mês de março. Com relação aos outros itens que também pesaram na cesta, o valor gasto foi, em média, de: R$ 44,71 para os legumes, R$ 41,33 para o pão, e R$ 38,89 para a banana.

Apesar do aumento, a cesta básica de Caruaru continua apresentando menor valor que a de Recife. Este mês, a diferença entre elas foi de R$ 82,41. A cesta mais cara do país continua sendo a de Porto Alegre (R$ 437,22) e a cesta mais barata foi a de Rio Branco (R$ 323,34). Recife passou a ocupar a quarta posição, entre as cestas mais baratas do Brasil (R$ 356,21). Em Janeiro, Recife ocupava o segundo lugar no ranking das mais baratas. As maiores altas estão em capitais do Nordeste: Teresina (3,90% - R$ 391,15), Natal (3,54% - R$ 364,12), Recife (3,53% - R$ 356,21), São Luís (2,77% - R$ 364,28) e João Pessoa (2,59% - R$ 374,18).

Comprar em supermercados continua sendo a opção mais barata para o consumidor de Caruaru, que gastaria, em média, R$ 0,12 a mais comprando em mercadinhos, de acordo com o levantamento. Com relação ao salário mínimo, a pesquisa indica que a família caruaruense deveria receber, em março, o valor de R$2.300,16 para a aquisição dos gêneros alimentícios básicos e de outros itens essenciais, para poder garantir a sobrevivência digna. Este valor representa 2,45 vezes mais que o salário mínimo atual, de R$ 937,00.

Utilizando dados do Ministério do Trabalho, que considera a jornada oficial de trabalho de 220 horas mensais, a pesquisa concluiu que o trabalhador de Caruaru utilizou em março 31,03% de todo o seu tempo de trabalho só com as despesas de alimentação. Em março, considerando o salário mínimo líquido, o trabalhador caruaruense desembolsou 31,76% da sua renda apenas com as despesas de alimentação.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Em novo caso de nudez, corredora sai pelada em Porto Alegre

Multinacional portuguesa Politejo vai instalar nova fábrica em Pernambuco

Foragido que fez cirurgia e mudou de identidade é preso comprando casa na praia