Atuação das Forças Armadas no Grande Recife vai custar mais de R$ 2 milhões

Chefe do Estado Maior apontou que são R$ 270 mil para trazer tropas e R$ 2 milhões para mantê-las por dez dias. Operação padrão da PM motivou pedido do governador.

Por G1 PE


Ministro da Defesa e chefe do Estado Maior se reuniram com o governador Paulo Câmara, na tarde deste sábado (10) (Foto: Camila Torres/TV Globo)

Mais de R$ 2 milhões. Esse é o custo para o Governo Federal da operação ‘Leão do Norte’, que prevê a atuação de das Forças Armadas no Grande Recife para realizar atividades de competência da Polícia Militar durante a operação padrão da categoria. O valor foi repassado pelo chefe do Estado Maior das Forças Armadas, almirante Ademir Sobrinho, que veio acompanhar o ministro da Defesa, Raul Jungmann, na visita ao Recife neste sábado (10).

Ao todo, 3.500 militares devem atuar até o dia 19 de dezembro na Região Metropolitana. "O mais importante é a segurança. Temos o custo de R$ 270 mil para deslocar a tropa até aqui, [que são] cerca de 3 mil homens. O cursto é de R$ 2 milhões por dez dias de operação", apontou o almirante. O ministro da Defesa lembrou que outros militares foram remanejados dentro do estado.

Jungmann afirmou que veio ao Recife para acompanhar o trabalho das Forças Armadas. Ele e o chefe do Estado Maior se reuniram com o governador Paulo Câmara (PSB) no Palácio do Campo das Princesas, na região central da capital pernambucana. A reunião foi para acertar pontos operacionais, segundo o governador.

Além de Câmara, participaram da reunião o secretário de Defesa Social, Ângelo Gioia; o comandante Militar do Nordeste, general Artur Costa Moura; e o brigadeiro Luiz Fernando Aguiar, comandante do 2º Comando Aéreo Regional.


Na manhã deste sábado (10), era possível ver caminhões com soldados do Exército na orla de Brasília Teimosa, na Zona Sul do Recife
(Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)

O decreto do presidente Michel Temer prevê a atuação por dez dias das Forças Armadas no estado, mas os militares podem ficar por mais tempo se for necessário, apontou o ministro. "Para nós, que fazemos a Defesa e as Forças Armadas, missão dada é missão cumprida. A depender da necessidade [prolongar o decreto], mas não acredito que venha a ser necessário pela forma que vem sendo tratada essa questão. Pelo fato que foi aceita a continuação das negociações", afirmou Jungmann.

Como não há greve da categoria, o policiamento do interior do estado segue sendo feito pela Polícia Militar. "Os lançamentos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros estão normais no estado. Estamos com funcionamento dos batalhões em todo estado e estamos com esse reforço na Região Metropolitana do Exército, mas quero garantir que o clima é de total tranquilidade e de trabalho. Não vai haver nenhum prejuízo à segurança. Vamos continuar trabalhando para Pernambuco superar os desafios para ser um estado mais seguro", assegurou o governador.

Militares do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Bahia, Sergipe e Piauí vão fazer a segurança do Grande Recife. Em coletiva pela manhã, o Comando Militar do Nordeste apontou que, até o fim da operação, o controle dos órgãos de segurança pública ficará a cargo do General de Brigada Francisco Humberto Montenegro Junior, comandante da 10ª Brigada de Infantaria Motorizada.

No Grande Recife, Forças Armadas atuam durante operação padrão da PM


Operação padrão

Policiais e bombeiros militares fizeram uma passeata na sexta-feira (9), logo após a prisão do presidente da Associação dos Cabos e Soldados de Pernambuco (ACS-PE), Alberisson Carlos, e do vice da associação, Nadelson Leite. Os PMs e bombeiros caminharam até o Palácio do Campo das Princesas, sede do governo do estado, onde asseguraram que não há greve, mas que vão cumprir a decisão da última assembleia: sem adesão aos Programas de Jornadas Extra (PJEs) e manuntenção da operação padrão.

O Comando da Polícia Militar de Pernambuco informou, na ocasião, que a prisão em flagrante se devia ao descumprimento da ordem judicial que proibia bombeiros e policiais militares de se reunirem para discutir greve. Neste sábado, o secretário de Defesa Social do estado, Ângelo Gioia, apontou que eles responderão por motim e práticas de crimes militares.

A prisão aconteceu na Praça do Derby, na região central do Recife, durante discurso do presidente em um trio elétrico no local. Para o advogado da ACS-PE, François Cabral, a prisão foi ilegal.

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