Três em cada 10 crianças brasileiras não estão imunizadas contra doenças fatais


Atraso na cobertura vacinal, além de levar a quadros graves ou letais, pode trazer de volta doenças já erradicadas

Um estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) revelou que, nos últimos anos, houve uma queda significativa na cobertura vacinal entre menores de cinco anos. A estimativa aponta que, embora 90% da população brasileira entenda a importância da imunização, três a cada 10 crianças no país não estão com o esquema vacinal atualizado. De acordo com a organização, a pandemia da Covid-19 foi um dos fatores para a baixa na vacinação, principalmente, contra o sarampo, a caxumba e a rubéola, que tinham cobertura de 93,1% até 2019 e caíram para 71,5%. O índice é ainda menor para imunizantes com segunda dose, que não ultrapassam os 30%.

A pediatra da Clínica Três Marias, Marilyn Torres, explica que a vacinação é fundamental para proteger as crianças contra doenças graves nos primeiros anos de vida, principalmente, porque esse público não tem a imunidade totalmente desenvolvida até os sete anos. “A não vacinação pode levar às formas mais graves e letais de cada doença. Por isso, é muito importante que os responsáveis estejam atentos. Mesmo que algumas doenças não causem o óbito, os riscos de incapacitação por sequelas são grandes”, reforça.

Para além das doses contempladas pelo calendário nacional de vacinação, a profissional ressalta que é essencial se atentar às ações das campanhas de saúde realizadas, anualmente, para a imunização contra a gripe, dengue e Covid-19, por exemplo. As principais vacinas recomendadas pelo Ministério da Saúde para o público infantil são: BCG, Hepatite A e B, Penta/ DTP, VIP/VOP, Pneumocócica 10-valente, Rotavírus, Meningocócica C, Febre Amarela, Tríplice Viral, Tetra Viral, Influenza e HPV.

O processo de imunização é importante por diversos fatores, tanto para quem está sendo vacinado, quanto para a comunidade geral, pois é a principal forma de prevenir problemas de saúde coletiva, especialmente para outros públicos que, de alguma forma, não podem ser vacinados, como é o caso dos indivíduos imunossuprimidos. A especialista ainda ressalta: “se não for feita uma vacinação correta, também pode ocorrer a volta de doenças que já foram praticamente erradicadas, a exemplo do Sarampo e da Poliomielite, que estão com números crescentes nos últimos anos”.

Foto: Freepik

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