O governo americano anunciou ontem à noite que vai garantir todos os depósitos de quem tinha dinheiro no Silicon Valley Bank (SVB) e no Signature Bank, de Nova York. O SVB tinha boa parte de seus investimentos em Títulos do Tesouro americano, mas em papeis anteriores à subida dos juros que, portanto, estão com valor baixo no mercado. Na quarta-feira, o SVB chegou a anunciar a venda de vários títulos com prejuízo, além de US$ 2,25 bilhões em novas ações para reforçar seu balanço. Ato contínuo, de quarta para quinta uma série de investidores no Vale do Silício recomendaram às empresas que mantinham seus recursos no SVB que os transferissem para outros bancos. O movimento repentino acirrou a crise de liquidez. Na sexta, o SVB quebrou. Como costuma ocorrer em momentos de insegurança do tipo, outros clientes começaram a olhar com medo para bancos de médio porte. No domingo, reguladores ordenaram que o Signature Bank, de Nova York, fechasse suas portas. A instituição havia feito um grande investimento na indústria das criptomoedas, que perderam muito valor nos últimos anos, e houve receio de outra corrida no abrir das portas, nesta segunda-feira. No rastro do contágio, o First Republic Bank, de San Francisco, anunciou ter recursos garantidos pelo JPMorgan Chase para manter suas portas abertas. (New York Times) A reação do Estado americano foi dupla. A Casa Branca garantiu que todos os clientes com depósitos no SVB e no Signature Bank poderão sacar seus recursos totais, se assim o desejarem, já nesta manhã de segunda-feira. O Fed, banco central, por sua vez anunciou uma linha de crédito para quaisquer bancos que precisem garantir recursos e evitar um colapso do sistema. (Washington Post) José Paulo Kupfer: “Não parece se tratar, desta vez, de uma crise de solvência, como em 2008, mas de uma crise de liquidez, à moda antiga e clássica, como ocorreu na década de 30. As autoridades agiram rápido para estancar uma corrida, mas não se sabe se o que foi anunciado no domingo será suficiente para acalmar os mercados. Não se sabe também quais poderão ser as repercussões da quebra dos dois bancos americanos nas demais praças financeiras ao redor do mundo. Rumores de que bancos digitais brasileiros mantinham recursos no SVR circularam nos últimos dias. O Nubank, sobre o qual surgiram as principais suspeitas, anunciou publicamente não manter depósitos no banco americano.” (UOL) Com a crise, startups brasileiras que possuíam reservas no SVB se movimentaram na semana passada para retirar o dinheiro do banco. (Seu Dinheiro) Cerca de 500 mil israelenses tomaram as ruas do país no sábado, a maioria em Tel Aviv, para protestar contra a reforma do Judiciário, considerada um golpe sem precedentes à democracia. A reforma foi parcialmente aprovada em primeira fase pelo Parlamento em fevereiro. O governo planeja avançar com as votações nesta semana. Alguns dos pontos mais polêmicos propõem dar ao governo influência decisiva sobre a escolha de juízes, além de impedir que a Suprema Corte revise leis aprovadas pelo Parlamento. (G1 e Haaretz) Em Washington, o ex-presidente Mike Pence afirmou que a História responsabilizará Trump por seu papel na invasão ao Capitólio em 2021. “O povo tem o direito de saber o que aconteceu em 6 de janeiro”, disse ele, descrevendo o ataque como uma vergonha e lembrando as tentativas de anular o resultado da eleição. (RFI) O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, deve apresentar proposta para evitar que militares permaneçam na ativa ao assumirem cargos políticos ou civis, de acordo com a Folha. Assim, os militares seriam automaticamente levados à reserva ao aderir oficialmente ao governo, evitando a politização das Forças Armadas. A sugestão, que será apresentada nos próximos dias ao presidente Lula, surgiu em conversas do ministro com o comandante do Exército, general Tomás Paiva. Os comandantes da Marinha, Marcos Olsen, e da Aeronáutica, Marcelo Damasceno, não se opuseram à ideia. Segundo fontes, a medida tem o objetivo de evitar que mudanças mais profundas avancem no Congresso, como a tentativa do PT de alterar o artigo 142 da Constituição, que descreve o funcionamento das Forças Armadas. Um projeto de lei complementar seria suficiente para alterar o Estatuto dos Militares. O texto atual prevê que um oficial só vai para a reserva após passar dois anos em cargo civil, como o de ministro ou secretário. No entanto, está sendo avaliada a mudança via PEC para que a nova regra seja incluída na Constituição, dificultando que futuros governos retornem à norma antiga. (Folha) O ministro da Casa Civil, Rui Costa, anunciou na sexta-feira que o novo plano de investimento, que substituirá o Programa de Aceleração do Crescimento, adotará parceria público privada (PPP) para alavancar investimentos em obras em todo o país. Uma das diretrizes do novo plano, que será anunciado em abril, é usar o recurso de PPP com a participação direta do governo federal – o que é novo – ou em parceria com estados e municípios. O novo plano incluirá obras em andamento, especialmente nas áreas de educação, saneamento e energia. (Agência Brasil) O governo Lula assinou contratos de R$ 650 milhões herdados de Bolsonaro com empreiteiras e condutas suspeitas de prática de cartel em obras de pavimentação. Segundo a Folha, as empresas contempladas e as práticas suspeitas são semelhantes às reveladas em auditoria do Tribunal de Contas da União, no ano passado, sobre a ação do “cartel do asfalto” em licitações da estatal Codevasf. Apesar de indícios de superfaturamento, o atual governo assinou os contratos e manteve a direção da Codevasf, ligada ao centrão e nomeada por Bolsonaro. (Folha) Nove anos após o início da Lava Jato, 27 ações sob relatoria do ministro Edson Fachin seguem paralisadas no Supremo devido a pedidos de vista de ministros. Essas ações podem voltar a tramitar, em cumprimento às novas regras da casa. Em sessão administrativa, os ministros decidiram, em 2022, que pedidos de vista passados devem ser submetidos aos demais integrantes da corte em até 90 dias úteis a partir da publicação das novas regras, em janeiro. (Folha) O advogado Flávio Caetano, ex-secretário da Reforma do Judiciário, do Ministério da Justiça, está na disputa pela vaga aberta com a aposentadoria do ministro Felix Fischer no Superior Tribunal de Justiça, segundo o Painel, da Folha. A OAB abriu, no último dia 1º, o prazo de inscrição para a seleção da lista sêxtupla. Caetano, que é professor da PUC-SP, trabalhou na campanha de Fernanda Haddad para prefeitura de São Paulo e na reeleição de Dilma. (Folha) Na última semana de 2022, quando Bolsonaro tentou recuperar as joias apreendidas pela Receita Federal, o conjunto de diamantes estimado em R$ 16,5 milhões já tinha sido transformado em bem do Ministério da Fazenda e deveria ser leiloado, devido ao longo processo de “abandono” das peças, apreendidas em 26 de outubro de 2021. Com isso, legalmente, já não havia como o item ser levado pelo então presidente. O auto de infração oficializando a perda do bem foi emitido em 23 de fevereiro de 2022. Em 25 de julho, foi registrada a “revelia” das joias, tornando-as posse da Receita. (Estadão) Nas redes... A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro disse que mora de aluguel e, por isso, não tem condições de ficar com dois cães encontrados na rua. Por isso, está em busca de “um lar que possa dar muito amor e proteção” aos animais. Ela e Bolsonaro alugaram uma casa de 400 metros de área construída no condomínio Solar de Brasília, por R$ 12 mil mensais, segundo a Veja. (UOL e Veja) |
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