Ex-noivo lamenta morte de blogueira que casou sozinha: “Estou acabado”

Alinne Araújo faleceu na tarde de ontem. Ela ficou conhecida após levar um fora momentos antes do casamento e se casou sozinha

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Metrópoles

O ex-noivo da blogueira Alinne Araújo quebrou o silêncio com uma publicação no Instagram, na madrugada desta terça-feira (16/07/2019), onde falou sobre a morte da jovem, que ficou conhecida no país por compartilhar na internet a informação de que o rapaz havia terminado o relacionamento um dia antes do casamento. Na publicação, o empresário Orlando Costa diz estar “acabado”.

“Eu to tentando escrever, assim que eu tiver forças, eu explico melhor, só posso adiantar que eu não existo mais, estou acabado”, escreveu ele. A postagem, curtida mais de 25 mil vezes até a manhã de hoje, recebeu milhares de comentários, entre críticas e mensagens de apoio.

Ex-noivo lamenta morte de blogueira que casou sozinha: "Estou acabado"

"Só posso adiantar que eu não existo mais, estou acabado", escreveu ele em um post no InstagramReprodução/Instagram

“Desejo que o Senhor te dê força e discernimento nesse momento difícil da sua vida. Só vocês sabem o que aconteceu”, comentou uma seguidora. “Nem o último pedido da moça o povo respeita. Ela não queria ninguém vindo procurar ele no insta para esculhambar”, lamentou outra. “Rapaz, caia fora da internet! As mesmas pessoas que fizeram o que fizeram com seu amor, podem fazer com você. Não destrua sua vida também, viu?! A dor agora é forte, mas depois alivia. Nada é para sempre!”, recomendou outra.

A blogueira Alinne Araújo, que morava no Rio de Janeiro, morreu na tarde dessa segunda-feira (15/07/2019). A jovem teria se suicidado ao pular do nono andar de um prédio, informações que foram confirmadas por parentes. No domingo (14/07/2019), Alinne se casaria com Orlando, mas ela foi informada por ele um dia antes, por meio de mensagem no Whatsapp, que o relacionamento havia acabado. Em publicações no Instagram, a jovem comentou sobre a dor que passava e a decisão de manter a festa, celebrando a vida. Alinne Araújo usava as redes sociais para falar sobre como enfrentava a depressão e a ansiedade.

“Vocês sabem a dor de confiar em alguém cegamente e achar que encontrou o companheiro da vida e, um dia antes da celebração do amor de vocês, a pessoa some. Manda uma mensagem pelo WhatsApp e termina todos os sonhos de vocês. Fui pega de surpresa, quis morrer. Ele sempre soube da minha condição e não se importou em como eu estaria. Eu recebi a notícia [quando] estava dirigindo, tive uma crise no volante. Poderia ficar aqui chorando, mas tem uma festa linda me esperando, então hoje caso comigo mesmo em nome da minha vida nova. Me desejem sorte. Amo vocês”, escreveu em um post.

Busque ajuda

O Metrópoles tem a política de publicar informações sobre casos de suicídio ou tentativas que ocorrem em locais públicos ou causam mobilização social. Isso porque é um tema debatido com muito cuidado pelas pessoas em geral.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o assunto não venha a público com frequência, para que o ato não seja estimulado. O silêncio, porém, camufla outro problema: a falta de conhecimento sobre o que, de fato, leva essas pessoas a se matarem.

Depressão, esquizofrenia e o uso de drogas ilícitas são os principais males identificados pelos médicos em um potencial suicida. Problemas que poderiam ser tratados e evitados em 90% dos casos, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria.

Está passando por um período difícil? O Centro de Valorização da Vida (CVV) pode te ajudar. A organização atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e Skype 24 horas todos os dias.


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Disque 188

A cada mês, em média, 1 mil pessoas procuram ajuda no Centro de Valorização da Vida (CVV). São 33 casos por dia, ou mais de um por hora. Se não for tratada, a depressão pode levar a atitudes extremas.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada dia, 32 pessoas cometem suicídio no Brasil. Hoje, o CVV é um dos poucos serviços em Brasília no qual se pode encontrar ajuda de graça. Cerca de 50 voluntários atendem 24 horas por dia a quem precisa.

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