Empresário e amiga que arrastaram vendedora de balões são indiciados

Delegado considerou que intenção do casal era subtrair os balões. Pena para roubo qualificado com concurso de pessoas varia de 4 a 10 anos de reclusão

Correio Braziliense

Para a polícia, Willian Weslei (E) e a passageira tiveram intenção 
em subtrair balões que eram vendidos por Marina (D)
(foto: Reprodução e Carlos Vieira/CB/D.A Press)

O empresário que arrastou a vendedora de balões Marina Izidoro de Morais, 63 anos, e a passageira do carro dirigido por ele foram indiciados por roubo com concurso de pessoas. Investigadores da 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro) concluíram que o casal, de comum acordo, e com divisão de tarefas, subtraíram as mercadorias da vítima e a arrastaram por cerca de 100 metros no asfalto. Antes de relatar o inquérito, policiais vão intimar os acusados para serem ouvidos na condição de envolvidos — o primeiro depoimento foi com base em termo de declaração.

Willian Weslei Lelis Vieira, 34 anos, e a passageira do veículo, de 28 anos — a polícia não informou o nome dela — disseram que tudo "não passou de uma brincadeira". Dono de uma empresa de factoring, Willian alegou não ter notado que a vendedora de balões, Marina Izidoro, estava presa ao carro.

O delegado Josué Ribeiro, chefe da 12ªDP, afirmou que intenção do casal era subtrair os balões. "Diante disso, e, pelo fato de a vítima ter sido arrastada, configura roubo com violência a pessoa e não um furto acumulado com lesão corporal", esclareceu.

A pena para roubo qualificado com concurso de pessoas vai de quatro a 10 anos de cadeia, aumentada de 1/3 até a metade. Caso o laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) constate lesão corporal grave, a pena varia de 7 a 18 anos 

Agora, Josué aguarda os laudos periciais e todas as imagens serem compiladas para concluir o inquérito. Contudo, Josué espera cumprir o prazo de 30 dias. 

Entenda o caso

O crime aconteceu as 19h45 de 15 de junho, na porta de uma escola particular em Taguatinga Sul, onde era realizada uma festa junina. Marina, que é diarista, vendia balões por R$ 15 cada. À polícia, ela contou que o casal se aproximou e pediu desconto para três bexigas. Ela, então, pediu R$ 10 por cada, mas os acusados teriam dito ter só R$ 25. Nesse momento, a passageira puxou a mercadoria da mão de Marina, fechou o vidro e Willian arrancou com o carro, uma Mercedez-Benz. Ela ficou presa às cordas do balão e foi arrastada pelo asfalto.

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