PERNAMBUCO: "Ele não" toma conta da marcha das "Mulheres contra Bolsonaro"

Por: Jairo Lima
Do Blog da Folha

Vista aérea do ato "Mulheres contra Bolsonaro" no Recife
Foto: Arthur de Souza / Folha de Pernambuco

*Com informações de Luiza Alencar, da Folha de Pernambuco

O mantra “Ele não” tomou da marcha das “Mulheres contra Bolsonaro”, que arrasta pelo menos 20 mil pessoas, segundo a organização do evento, neste sábado (29), num itinerário que sai da Praça do Derby, passa pela Avenida Conde da Boa Vista e dispersa na Praça da Independência ou Praça do Diario, área central do Recife. O movimento suprapartidário reúne uma militância contrária ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), que teve alta nesta mesma tarde de sábado do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde estava internado desde o dia 6 de setembro quando levou uma facada.

Alguns políticos participam da manifestação como a candidata a candidata ao Governo de Pernambuco pelo PSOL, Dani Portela; a candidata a vice-governadora da Frente Popular, deputada Luciana Santos (PCdoB); o candidato ao Governo de Pernambuco, Maurício Rands (Pros); a candidata ao Governo pelo PSTU, Simone Fontana;o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira (PCdoB); o ex-prefeito do Recife, João Paulo (PCdoB), candidato a deputado estadual; e o deputado estadual Edilson Silva (PSOL).

"A gente não tinha dúvida nenhuma dessa força. Nós, mulheres, somos maioria da população de Pernambuco e 2018 é o nosso ano na política. Estamos aqui pela vida das mulheres, dos companheiros que nos apoiam, pela vida das futuras gerações. Nossa luta não é para apertar um botão daqui a alguns dias. Nossa luta é contra o machismo, o racismo, a lgtbfobia, o genocídio da nossa juventude negra”, disse Dani Portela.

Maurício Rands alertou para o risco de regimes totalitários. “Essa é uma reação pluripartidária de toda democrata e todo democrata do Brasil. Nós, da sociedade civil estamos dando um não ao retrocesso”, afirmou Rands.

A professora Ranielba Amâncio levou a filha de apenas dois anos para a manifestação. “Nós, mulheres, demoramos muito tempo para conquistar os nossos direitos e por isso que estou na rua para dizer ‘ele não’ porque ‘ele’ é um homem violento. Trouxe minha filha porque eu quero que ela entenda desde já o significado de ser mulher”, afirmou.

Também se escutaram marchinhas do tipo: "Bolsonaro, pode apostar. A mulherada é quem vai te derrotar".

Sem fronteiras

O movimento também ganhou às ruas de outras cidades do Brasil e em todo mundo. Na Alemanha, Portugal, Espanha, Estados Unidos, Inglaterra, Canadá, França e Argentina já existem eventos públicos marcados para as não-apoiadoras do presidenciável. No exterior, as mulheres são maioria entre os brasileiros aptos a votar no exterior com 58,4%, totalizando 292.531 eleitoras.

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