Disputa pelo comando da Alepe

Por Carol Brito
Da Folha de Pernambuco

As movimentações visando ao comando da Assembleia Legislativa (Alepe) no próximo biênio já foram iniciadas, que será definido em fevereiro de 2015. Atual presidente da Casa, o governador em exercício, Guilherme Uchoa (PDT), promoveu um jantar para os legisladores estaduais eleitos e atuais, no Palácio das Princesas, ontem. Em entrevista ao programa Frente a Frente, na Rádio Folha FM 96,7, o pedetista chegou a declarar que “se o cavalo passar selado, eu monto”. Contudo, o PSB, detentor da futura maior bancada, almeja o posto e cobrará que o princípio da proporcionalidade seja obedecido. Uma reunião com os deputados do partido foi realizada, recentemente, e o acerto é que os socialistas comecem a negociar o apoio de outras legendas.

Entre os nomes do PSB cotados para o posto estariam os dos deputados estaduais Waldemar Borges, Aluisio Lessa, Ângelo Ferreira e Raquel Lyra. Apesar das especulações, todos evitam falar de nomes para evitar embates internos e desgastar o projeto. Lessa relembra que o critério da proporcionalidade foi deixado de lado nas últimas eleições para favorecer Guilherme Uchoa, mas avalia que há um sentimento na Casa favorável à renovação.

“O sentimento da Casa é diferente hoje. O PSB elegeu a maior bancada com 15 estaduais e deve ser respeitado o princípio da proporcionalidade. Não queremos discutir o nome de A ou B. Será alguém apoiado por todos”, defendeu Lessa.

Além da presidência da Assembleia, o partido deverá pleitear o comando da primeira secretaria. Isso porque a legenda possui mais que o dobro do número de legisladores da segunda maior bancada – PTB, que terá deputados. Um dos cotados é o deputado estadual Aglailson Junior (PSB). “Há a lógica de que os dois maiores cargos sejam reservados para bancada do nosso tamanho, mas isso não quer dizer que não se negocie. Não podemos colocar nomes na frente”, ponderou Aluisio Lessa.

Guilherme Uchoa, por sua vez, está tentando conquistar o apoio dos novatos para permanecer no comando da Casa pelo quinto mandato consecutivo. Após as eleições deste ano, ele convidou os legisladores eleitos pela primeira vez para uma reunião na Assembleia. A última reeleição do pedetista só foi possível após a polêmica aprovação de proposta de emenda constitucional que alterou as regras da reeleição para a presidência do Legislativo.

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