No Dia de Prevenção e Combate à Surdez, especialista dá dicas de como cuidar da saúde auditiva


Mais de 10 milhões de brasileiros enfrentam o problema que, se não identificado e tratado precocemente, pode trazer diversos transtornos na idade adulta 


Segundo um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 5% da população brasileira sofre com a perda auditiva. Dentro deste quantitativo, mais de 10 milhões de pessoas enfrentam algum grau de surdez, enquanto que 2,5 milhões possuem surdez total. Com o passar da idade, é muito comum que o transtorno passe a impactar, cada vez mais, a qualidade de vida, prejudicando desde a saúde física até a mental, se não detectado e tratado precocemente. 


De acordo com a fonoaudióloga da clínica Três Marias, Taciana Amorim, as principais causas do problema estão relacionadas à exposição prolongada a ruídos (acima de 90 decibéis), doenças infecciosas, uso inadequado de medicamentos e fatores hereditários. Além disso, também é muito recorrente o desenvolvimento natural da surdez, uma vez que, com o avanço da idade, ocorre a deterioração gradual das células auditivas. “Em muitos casos, a surdez total pode sim ser prevenida ou minimizada, a depender das causas, como por exemplo, a exposição a ruídos e infecções no ouvido, que podem e devem ser tratadas precocemente.” 


Entre os principais sinais do problema estão: a sensação de ouvido “tapado” ou pressão nos ouvidos, dificuldades para ouvir sons de baixa intensidade ou para entender conversas, necessidade constante de aumentar o volume de dispositivos e o zumbido persistente nos ouvidos. É fundamental estar atento a estes sintomas, pois eles podem indicar uma perda auditiva em desenvolvimento, sendo necessário procurar um especialista em audição para a realização de exames. 


“O fonoaudiólogo desempenha um papel crucial em todas as fases do processo de cuidado com a audição. Ele avalia o grau de perda auditiva e, se for o caso, orienta sobre o uso de aparelhos auditivos, fazendo todo o acompanhamento para adaptação. Em muitos casos, o trabalho precoce do fonoaudiólogo pode não só melhorar a audição, mas também prevenir a evolução do quadro”, finaliza a especialista. 


Dicas para cuidar da saúde auditiva 


  1. Proteja os ouvidos contra ruídos altos: Em locais ruidosos, use protetores auriculares e evite a exposição prolongada a sons intensos;

  2. Modere o uso de fones de ouvido: Ouvir música em volume moderado e por períodos curtos ajuda a evitar o desgaste auditivo;

  3. Evite o uso de hastes flexíveis (cotonetes): Limpar o ouvido com hastes pode empurrar a cera para dentro e causar infecções. O ideal é apenas limpar a parte externa;

  4. Mantenha-se atualizado com exames auditivos: Especialmente para pessoas que trabalham em ambientes barulhentos ou que possuem histórico familiar de perda auditiva, o acompanhamento periódico é essencial;

  5. Evite medicamentos ototóxicos sem recomendação: Consulte sempre o médico antes de usar qualquer medicação que possa afetar a saúde auditiva.

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