Cortes podem ser de R$ 600 milhões em Pernambuco

Medidas anunciadas em Timbaúba, visam preservar serviços básicos do Estado
 (Foto: Jedson Nobre/Folha de Pernambuco)

Por Carol Brito
Da Folha de Pernambuco

A crise econômica enfrentada pelo País poderá ter reflexos inda mais fortes na máquina estadual. Após publicar decreto enxugando R$ 320 milhões com gastos de custeio, em fevereiro, o governador Paulo Câmara (PSB) admitiu a possibilidade de ter que cortar ainda mais na carne, caso a economia continue sem crescer. Ainda não há estimativa oficial, mas a redução pode chegar a R$ 600 milhões, segundo o socialista. A reavaliação, contudo, só será feita em maio.

Os primeiros meses da administração apresentaram queda de arrecadação deixando o governo ainda mais longe da meta fiscal. A estimativa é de um recuo de 5% na receita. A previsão é que os gastos sejam revisados no final do primeiro quadrimestre, tendo em vista o comportamento das receitas. Até este mês, as projeções não vêm sendo otimistas e estão menores que a estimativa do orçamento.

Em entrevista após a autorizar a ampliação do sistema de abastecimento de água em Aliança, na Zona da Mata Norte, o governador Paulo Câmara admitiu que terá que fazer um contingenciamento maior, caso a economia continue apresentando um cenário adverso.

“Nós estamos iniciando com (um corte de) R$ 340 milhões e pode chegar até R$ 600 milhões, de acordo com o andamento da economia. Estamos ainda trabalhando com a meta de R$ 320 milhões. Mas já estamos nos programando para que continue coma economia sem crescer. Com essas previsões de receitas que são muito baixas, a gente vai ter que fazer um contingenciamento maior mais na frente”, admitiu Câmara.

Serviços considerados prioritários como Saúde e Segurança serão mantidos, segundo o gestor. “Não vamos parar serviços essenciais como Saúde e Segurança. Não haverá nenhum contingenciamento. Vamos enfrentar essa situação sem prejuízo aos serviços”, garantiu Câmara.

A previsão do Governo do Estado era de um crescimento de 8% das receitas, mas o incremento foi de apenas 3%. Segundo Câmara, o gasto corrente é o mesmo do ano passado e precisa ser contido devido a frustração das previsões. Atualmente, o núcleo duro da administração estadual comanda uma consulta nas secretarias estaduais para levantar uma estimativa de cortes. O secretario de Planejamento, Danilo Cabral (PSB), acredita que o trabalho deverá ser concluído no início de maio.

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