Relator da PEC da Transição na CCJ mantém valor, mas reduz prazo para 2 anos

Senador Alexandre Silveira (PSD-MG) apresenta o texto na CCJ na manhã desta terça (6/12). Comissão pode votar a matéria ainda hoje

VC Victor Correia
Correio Braziliense

(crédito: Reprodução/TV Senado)

Relator da PEC da Transição na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), o senador Alexandre Silveira (PSD-MG) prepara seu relatório com fixação do gasto extrateto em R$ 175 bilhões por dois anos, mais R$ 23 bilhões oriundos de excesso de arrecadação. O valor é o mesmo previsto no texto inicial, mas por um prazo menor.

O documento deve ser apresentado nesta terça-feira (6/12) na CCJ, que prevê discussão e aprovação da Proposta de Emenda à Constituição até o fim do dia. O texto que será apresentado na CCJ ainda estabelece que o governo eleito apresente até 2023 um novo arcabouço fiscal para compensar os gastos fora do teto de gastos.

“Fiz um misto entre aprovar a tese de retirar 100% do programa do teto de gastos mas ao mesmo tempo pré-fixar o valor pelos dois anos que eu pretendo aprovar”, declarou Silveira hoje à imprensa antes da sessão. “Estou muito confiante de que o debate político vai ser proveitoso, mas o resultado vai ser positivo. Vamos dar ao presidente eleito as condições de governabilidade necessárias para fazer a verdadeira transformação social neste país”, acrescentou.

Expectativa

O valor foi definido após reunião na noite de ontem entre parlamentares envolvidos na tramitação da matéria. A ideia é que a PEC passe pela CCJ ainda hoje, seja votada no Plenário do Senado amanhã e enviada imediatamente à Câmara dos Deputados, onde pode ser aprovada até quinta-feira da semana que vem (15).

A tendência entre senadores é de aprovação da PEC, mas há a possibilidade de um pedido de vistas durante a sessão na CCJ, o que atrasaria sua tramitação. Prevista para 9h30, a sessão teve início às 10h30.

Nos bastidores da Câmara, há a expectativa de que parlamentares aliados do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), tentem reduzir ainda mais o gasto extrateto para R$ 125 bilhões. A base do governo eleito, porém, quer evitar que o texto seja alterado na Câmara, o que inviabilizaria a aprovação da PEC em tempo hábil para garantir o pagamento do Bolsa Família em R$ 600 em janeiro.

A PEC da Transição é considerada essencial pelo governo eleito para manter o funcionamento de serviços básicos e recompor o orçamento dos ministérios.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Em novo caso de nudez, corredora sai pelada em Porto Alegre

Multinacional portuguesa Politejo vai instalar nova fábrica em Pernambuco

Foragido que fez cirurgia e mudou de identidade é preso comprando casa na praia