Alckmin após reação do mercado: "Se alguém tem responsabilidade fiscal é Lula"

Vice-presidente eleito comentou nesta quinta (10/11) a reação negativa do mercado à fala de Lula pela manhã sobre ter como prioridade a questão social. Após alta da inflação, dólar disparou a quase R$ 5,35 e Bolsa caiu

VC Victor Correia
Correio Braziliense

(crédito: Vitor Correia )

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), rebateu as críticas do mercado financeiro à fala do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na manhã desta quinta feira (10/11). Alckmin discursou na parte da tarde do teatro do Centro Cultural do Banco do Brasil, no Setor de Clubes Esportivos Sul, onde está sediada a equipe de transição, e anunciou os integrantes técnicos de mais seis grupos de trabalho. Após o anúncio, Alckmin falou brevemente à imprensa.

"O presidente Lula, no mesmo discurso, falou da questão social e falou da questão fiscal. E explicitou de maneira clara… Ele já foi presidente. Assumiu um governo com uma dívida sobre o PIB [Produto Interno Bruto] de 60%, e baixou para 40%. E teve resultado positivo, superavit primário todos os anos. Se alguém tem responsabilidade fiscal é o presidente Lula. Isso não é incompatível com a questão social", respondeu Alckmin ao ser questionado sobre a reação do mercado.

SAIBA MAIS


Lula, que visita o CCBB pela primeira vez nesta quinta, discursou de manhã para parlamentares da sua base aliada. Em fala emocionada, o presidente eleito citou que a prioridade é combater a fome e explicitou o foco social de futuro governo. Integrantes do mercado financeiro criticaram o posicionamento e se preocupam especialmente com a PEC da Transição, que visa excluir recursos do teto de gastos para financiar medidas sociais e investimentos. Logo após a fala de Lula, o dólar subiu e passou dos R$ 5,34, enquanto a Bolsa operou em queda. A alta foi influenciada também pela divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — que registra alta de 0,59%.

Alckmin ressaltou que o projeto atual para o Orçamento foi enviado ao Parlamento pelo atual governo de Jair Bolsonaro (PL). "É um orçamento que já estava aqui no Congresso e que todo mundo sabe que não é factível minimamente para poder cumprir as tarefas de Estado", afirmou. "Essas oscilações do mercado no dia de hoje têm inclusive questões externas, além da questão local", acrescentou o vice-presidente eleito.

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