40% dos estudantes de ensino superior usam ProUni ou Fies

Por iG São Paulo


Programas do governo federal concedem bolsa ou financiamento para estudantes de instituições privadas

Ao participar, nesta terça (2), de evento com mantenedores de entidades privadas de educação superior, o ministro da Educação, Henrique Paim, disse que cerca de 40% dos estudantes matriculados no ensino superior privado usam o Programa Universidade para Todos (ProUni) ou o Financiamento Estudantil (Fies).

“São estudantes que têm perfil de baixa renda. Temos um bom desempenho desses estudantes. No ProUni, muitas vezes o desempenho supera o de quem não é cotista do programa. No Fies, temos o desafio de melhorar esse desempenho e fazer com que as pessoas tenham um desempenho também nessa direção”, disse o ministro.

Criado em 2004 e institucionalizado em 2005, o ProUni conta com adesão de 1.232 faculdades, segundo posição de maio deste ano. Pelo programa, já foram concedidos mais de 1 milhão de bolsas. Administração e Pedagogia são os cursos com mais formados.

Segundo dados do Ministério da Educação (MEC), o total de alunos matriculados na educação superior brasileira já ultrapassou a marca de 7 milhões. Do número total de matrículas, quase 75% estão concentradas em instituições privadas.

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Henrique Paim defendeu os mecanismos de avaliação do ensino superior e a importância de aprimorar esse grau de ensino. “Precisamos não só expandir o ensino superior, mas expandir com qualidade, melhorar a aprendizagem, fazendo com que os estudantes possam seguir suas carreiras profissionais”. E completou “Não existe sistema de avaliação perfeito, mas ao longo dos anos temos que ir reduzindo as imperfeições para ter um sistema robusto e traçar os rumos da educação superior, definir quais os parâmetros que temos de qualidade”, disse.


O representante do grupo Kroton Educacional, Rodrigo Galindo, destacou a importância do ProUni e do Fies para a formação de profissionais no país. “Esses programas são bons para os brasileiros que tem ai a principal oportunidade de acesso ao ensino superior. É bom para as instituições, mas é bom também para o país”, avaliou.

Galindo também expôs a preocupação do setor com o marco regulatório da educação a distância e com o marco regulatório dos cursos de pós graduação lato sensu em nível de especialização, que estão em discussão no Conselho Nacional de Educação (CNE). “Alguns itens do marco da educação a distância proposto levam ao risco de destruir o trabalho de 20 anos nessa área”, disse Galindo.

Em relação aos marcos regulatórios, o ministro Paim disse que ainda há muita discussão pela frente e ambos serão construídos com tranquilidade e responsabilidade.

Henrique Paim e Rodrigo Galindo participaram do painel Papel da Iniciativa Privada no Fortalecimento da Educação Brasileira, promovido pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior.

* Com Agência Brasil

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