Julgamento do trio acusado de canibalismo é suspenso

Segundo a juíza responsável pelo caso, por pedido das partes, a continuação do julgamento fica para esta sexta-feira

Do JC Online

Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem

O julgamento de Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, 52 anos, Isabel Cristina Pires da Silveira, 53, e Bruna Cristina Oliveira da Silva, 28, trio acusado de canibalismo, foi suspenso na noite desta quinta-feira e será retomado nesta sexta-feira. Segundo a juíza Maria Segunda Gomes de Lima, a interrupção do julgamento ocorreu por pedido das partes após 10 horas de depoimentos. A sessão do júri, que ocorre no Fórum Lourenço José Ribeiro, em Olinda, recomeçará às 9h.

Nesta sexta, de acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco, a sessão recomeçará com a fase de debates. A promotoria terá 2h30 para a sustentação oral, mesmo tempo destinado à defesa dos réus. Depois, o MPPE tem direito a 2h de réplica e os defensores poderão requerer outras 2h de tréplica. Finalizada essa etapa, os sete jurados se recolhem, em sala reservada, para responder aos questionamentos que definirão se os réus serão condenados ou absolvidos. Por último, a magistrada retorna ao salão do júri para dar a sentença.

Segundo a denúncia do MPPE, Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, Isabel Cristina Torreão Pires e Bruna Cristina Oliveira da Silva são acusados de homicídio quadruplamente qualificado (por motivo fútil, com emprego de meio cruel, sem dar chance de defesa à vítima e para assegurar impunidade), vilipêndio e ocultação de cadáver de Jéssica Camila da Silva Pereira, 17 anos. O crime ocorreu em maio de 2008, no bairro de Rio Doce.

Durante o dia, os três acusados prestaram depoimento. Jorge Beltrão disse que cometeu um erro. "Foi um erro monstruoso, um momento de fraqueza e loucura que me arrependo muito", falou. Em seguida, ele pediu a juíza para realizar uma oração. Durante a oração, pediu que Deus o perdoasse pelos atos e pecados e ajudasse as famílias da vítimas que perderam os parentes.

À época da prissão, em 2010, os três confessaram à polícia terem esquartejado e comido parte do corpo de uma de suas vítimas. O grupo é acusado de matar Jéssica Camila da Silva Pereira, em 2008, em Rio Doce, Olinda, e outras duas pessoas em Garanhuns, Agreste Pernambucano, em 2012.

Diante do júri, Isabel negou participação no assassinato de Jéssica, mas confessou ter ajudado na ocultação do cadáver. A ré alegou que foi influenciada por Jorge a cometer o crime. A terceira acusada, Bruna, negou ter matado Jéssica, mas admitiu ter ajudado a segurá-la com ajuda em Isabel para que Jorge desse os golpes de faca. Contrariando o que foi afirmado por Jorge e Isabel momentos antes, Bruna afirmou que a filha de Jéssica, de 1 ano, não viu a mãe sendo morta nem comeu a carne dela.

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