Banco do Nordeste destina R$ 4,5 bilhões em projetos no mercado livre de energia

Aldemir Freire: Potencial do Nordeste em energia renovável deve alavancar outras atividades.

Em Pernambuco, 22 projetos foram contemplados, envolvendo R$ 337 milhões em recursos
 

O Banco do Nordeste (BNB) aplicou, ao longo de 2024, R$ 4,5 bilhões em projetos no mercado livre de energia. De acordo com o diretor de Planejamento da instituição, Aldemir Freire, a maior parte dos recursos foi destinada à geração de energia fotovoltaica.

 

O montante beneficiou empreendimentos em toda a área de abrangência do Banco e resultou na geração de 1,6 GW de energia. No Ceará, foram investidos R$ 337 milhões em 22 projetos.

 

Segundo Aldemir Freire, que debateu ontem, 29, o mercado livre de energia, no fórum Exame Renováveis, em São Paulo, o Banco lidera os financiamentos para energia limpa na região. "Nosso foco é apoiar projetos inovadores que contribuam para a transição energética do Brasil, promovendo um modelo mais sustentável e competitivo", afirmou.

 

Durante sua participação no evento, Aldemir Freire avaliou o cenário do mercado livre de energia no Brasil e apresentou linhas de crédito como a FNE Verde, oferecidas pelo Banco para o financiamento de projetos de energia, destacando as vantagens desses contratos. Segundo o diretor, o BNB tem realizado parcerias com outros bancos e organismos multilaterais para atender à crescente demanda.

 

Freire também ressaltou as potencialidades do Nordeste para o setor de energias renováveis. "Temos condições naturais excepcionais para sermos protagonistas no fornecimento de energia limpa, com nosso potencial solar e eólico. Devemos aproveitar essa janela de oportunidade que se abre para impulsionar a economia regional e desenvolver outras atividades produtivas. A região não deve ser apenas exportadora de energia, mas abrigar atividades que gerem emprego e renda", completou.

 

Realizado pela revista Exame, o fórum Exame Renováveis reuniu especialistas e lideranças do segmento energético para discutir perspectivas para o setor. Participaram também do painel Mercado Livre de Energia o presidente da ABRACE Paulo Pedrosa e o diretor técnico da PSR, Rodrigo Gelli. Eles discutiram tendências, desafios e oportunidades do mercado livre de energia no Brasil, além dos impactos econômicos e regulatórios que afetam o setor de energia. O painel abordou ainda as perspectivas de crescimento do mercado livre de energia e as políticas públicas em vigor.

 

Sobre o mercado livre de energia

 

O mercado livre de energia no Brasil é um modelo que permite que consumidores, sejam eles empresas ou grandes consumidores de energia, escolham seus fornecedores e negociem diretamente as condições de compra de energia, como preço, volume e prazo. Esse ambiente favorece a competitividade e pode resultar em tarifas mais baixas, além de dar maior flexibilidade na gestão do consumo.

 

Já no mercado regulado, a venda de energia é feita por meio de distribuidoras que têm tarifas fixadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), de acordo com os custos operacionais e regulatórios do setor.

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