“Vamos levar conectividade e inovação para as máquinas e para a agricultura familiar”

Ricardo Stuckert/PR

Ministra Luciana Santos esteve no encerramento da 7ª Marcha das Margaridas, ao lado do presidente Lula, que anunciou medidas para as trabalhadoras rurais

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, participou, nesta quarta-feira (16), em Brasília (DF), do encerramento da 7ª Marcha das Margaridas. No evento, o presidente Lula anunciou série de medidas voltadas para as trabalhadoras rurais, em atendimento às reivindicações entregues em junho deste ano.

“Não poderia deixar de cumprir e atender às demandas da Marcha das Margaridas, vamos levar conectividade e inovação para as máquinas agrícolas e para a agricultura familiar. O MCTI vai estar presente na vida das Margaridas desse país”, afirmou a ministra Luciana Santos.

Entre as medidas anunciadas pelo governo federal, estão a retomada do Programa Nacional de Reforma Agrária, com prioridade para as mulheres, e a criação do Programa Quintais Produtivos, voltado para a promoção da segurança alimentar e nutricional e da autonomia econômica das mulheres rurais.

Também integram a lista o decreto que institui o Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios, a retomada da Bolsa Verde, que prevê um pagamento a famílias inseridas em áreas a serem protegidas ambientalmente e que se enquadrem em situação de baixa renda, e a ampliação da participação social para trabalhadores rurais.

“Esses atos convergem para a autonomia econômica e inclusão produtiva das mulheres rurais”, afirmou o presidente Lula. “(São) prioridades definidas por vocês e demandas que temos o prazer de atender para que as mulheres do campo, das florestas e das águas possam viver com dignidade, tendo assegurados seus direitos civis, políticos e sociais”, completou.

Outro ponto destacado pelo presidente foi o combate à violência de gênero. “É preciso criar uma cultura de respeito no campo e nas cidades”, disse. “Não toleramos mais discriminação, misoginia e violência de gênero. Não podemos conviver com tantas mulheres sendo agredidas e mortas diariamente dentro de suas casas”, acrescentou.

Entre as margaridas está Veronilda de Ribeiro, que veio de São Paulo para participar, pela primeira vez, do movimento. “Quando unimos forças, gritamos o mesmo grito e dividimos as mesmas dores, essa força vem da união de todas”, avaliou. “Queremos reivindicar nossos direitos e a Ciência pode nos ajudar, por exemplo, com inclusão digital”, contou.

Marcha das Margaridas

O movimento surgiu em 2000 e reúne mulheres trabalhadoras rurais do campo e da floresta em busca de visibilidade, reconhecimento social e político e cidadania plena. A marcha ocorre a cada quatro anos, sempre em agosto, em homenagem à agricultora e líder sindical Margarida Alves, assassinada em 1983. Neste ano, o lema da Marcha das Margaridas foi “Pela reconstrução do Brasil e pelo bem viver”.

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