Lula diplomado e alta de juros nos EUA dão tom da semana

Investidores aguardam próximos nomes do governo Lula. EUA divulgam inflação oficial na terça-feira

Por Tássia Kastner
VC S/A



Bom dia!

A segunda começa com a diplomação de Lula e Alckmin, o último passo formal do TSE para que eles possam assumir o comando do país em 2023. O que importa, no entanto, são os próximos anúncios para a composição ministerial.

O jornal O Globo pautou a discussão no final de semana ao redor do nome de Aloysio Mercadante. Lauro Jardim disse que Aloysio poderia ir para a Petrobras, enquanto Malu Gaspar escreveu que a preferência de Lula seria mandar o aliado para o BNDES.

Faz parte dos balões de ensaio, isso quando a PEC da Transição chega à Câmara e segue em negociações. Na sexta passada, Lula confirmou seus primeiros cinco ministros, colocando Fernando Haddad no ministério da Economia. A "pressa" para a indicação seria justamente para ajudar no diálogo com o Congresso.

Investidores dividem as atenções também com o exterior. Na quarta, o Fed deve confirmar a desaceleração no ritmo de alta de juros nos EUA, elevando a Selic deles em 0,50 p.p., para 4,50% ao ano. O Banco Central Europeu também vai se reunir na quarta.

Amanhã, os EUA publicam a inflação oficial do país. Os preços têm dado uma trégua no país, mas ainda estão distantes da meta de 2% ao ano. Tudo indica que, mesmo em ritmo mais moderado, os juros continuarão a subir 2023 adentro.

Wall Street já fez as pazes com essa possibilidade e começa a semana em alta. A ver como se comporta nos próximos dias. Bons negócios.


• Futuros S&P 500: 0,18%
• Futuros Dow: 0,15%
• Futuros Nasdaq: 0,21%
*às 8h05


• Índice europeu (EuroStoxx 50): -0,23%
• Bolsa de Londres (FTSE 100): -0,12%
• Bolsa de Frankfurt (Dax): -0,10%
• Bolsa de Paris (CAC): -0,01%*às 8h06


• Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -1,12%
• Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,21%
• Hong Kong (Hang Seng): -2,20%


• Brent*: -0,92%, ​​US$ 75,40
• Minério de ferro: -2,55%, a US$ 108,80 por tonelada em Singapura
*às 8h07


Relator-geral, Marcelo Castro, apresenta relatório do Orçamento
14h Lula e Alckmin são diplomados presidente e vice-presidente da República


Instante de otimismo com a IRB

As ações da IRB fecharam em alta de 2,86% na sexta-feira, a R$ 0,72. Na máxima do dia, a alta foi de 14,49%, a R$ 0,79. O mercado se animou com uma fala do CEO da companhia, Marcos Falcão, à Reuters. Segundo ele, a IRB não pretende fazer um novo aumento de capital na bolsa – hipótese que vinha preocupando os investidores porque diluiria ainda mais a participação deles na companhia.

Em setembro, a companhia fez um follow-on para arrecadar R$ 1,2 bilhão. O dinheiro foi para o caixa, que precisava entrar nos limites regulatórios. Mesmo com esse boost, a empresa registrou um prejuízo de R$ 298,7 milhões no terceiro trimestre, piora de 91,84% em um ano. Por isso, o mercado não descartava a possibilidade de que ela fosse caçar mais dinheiro na bolsa. Falcão acalmou os ânimos afirmando que, para melhorar os resultados, a IRB vai apostar em melhora de gestão.


Disparada do mercado imobiliário americano

Nos EUA, as hipotecas subiram mais de 7% entre outubro e novembro – uma máxima de 20 anos. Nas semanas seguintes, elas começaram a cair, mas comprar uma casa por lá continua caro. Os analistas discordam entre si sobre o que causou a disparada de preços e queda da demanda no setor imobiliário. Claro, alta de juros costuma ser sinônimo de esfriamento do setor. Mas os indicadores são contraditórios, e a reação do mercado parece ser desproporcional. Nesta reportagem, o WSJ tenta entender o que está rolando no mercado imobiliário americano.

Ir ao escritório? Hoje não, obrigada.Os funcionários do setor financeiro estão trabalhando presencialmente menos vezes por semana do que o combinado com seus superiores, de acordo com um estudo da WIBF em parceria com a Escola de Economia de Londres. Para eles, flexibilidade se tornou um sinônimo de mais eficiência no trabalho – crença que é sustentada por pesquisas recentes. Traduzida pela Folha, esta matéria do Financial Times elenca as principais descobertas do estudo, que entrevistou funcionários de algumas das maiores instituições financeiras do Reino Unido.

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