Motorista de Mercedes que arrastou idosa por 100 m diz que foi brincadeira
O motorista da Mercedes e a passageira do carro se apresentaram na delegacia de Taguatinga na manhã desta terça (16/2). Advogado diz que cliente não vai se pronunciar ainda
Correio Braziliense
Marina Izidoro, 63 anos, foi arrastada por cerca de 100 metros quando
passageira de Mercedez agarrou balões e motorista arrancou com o carro
(foto: Carlos Vieira/CB/D.A Press)
O motorista que dirigia a Mercedes-Benz e que arrancou o carro arrastando uma idosa de 63 anos no asfalto por cerca de 100 metros, em frente a uma escola de Taguatinga, disse na polícia que, ao puxar os balões, a intenção era fazer uma "brincadeira". Ele e a mulher que estava no banco do passageiro se apresentaram na manhã desta terça-feira (18/6), na 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga), onde o caso é apurado.
De acordo com o delegado-adjunto, Paulo Henrique de Almeida, os dois afirmaram que queriam comprar os balões para os sobrinhos, mas, depois que dona Marina se recusou a dar o desconto puxaram os balões em um ato de "brincadeira". "Ele disse que resolveu fazer uma brincadeira e pediu para a amiga puxar os balões e depois soltar. A amiga atendeu, mas ele não percebeu que estava arrastando a senhora", detalhou o delegado.
O homem dirigia a Mercedes avaliada em R$ 200 mil na noite de sábado (15/6), quando se desentendeu com a vendedora de balões, Mariana Izidoro de Morais. Quando a passageira do carro agarrou os balões, ele teria fechado o vidro e arrancado com o carro. Mariana ficou presa às cordas que seguravam os balões. Ao Correio, ela disse ter “visto a morte de perto” enquanto era arrastada no asfalto.
Lesão Corporal
Até o momento, o caso ainda está sendo investigado como lesão corporal. Na tarde de hoje, dona Marina foi chamada novamente para depor. O delegado afirma que estão procurando novas imagens e mais testemunhas para ter mais detalhes e definir como vão encaminhar o caso.
O advogado do motorista Leonaldo Correa de Brito afirmou à imprensa que eles ainda não vão se manifestar sobre o ocorrido, por não saberem por qual crime os autores vão ser indiciados. "A gente não vai prestar mais informações, pois o meu cliente já compareceu e não se furtará às ordens judiciais e vai colaborar com o que for necessário", comentou.
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