SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE: ATÉ ONDE IREMOS?
Por Jota Oliveira
No próximo dia 29, Santa Cruz do Capibaribe completa 65 anos de emancipação política. Esse período transcorreu contando uma bela trajetória. Histórias de superação, desenvolvimento, construção e criatividade. Muito temos que falar acerca dessa cidade que acolhe a todos sem fazer distinção. Sem preterir ninguém.
Uma
coisa, no entanto, nos deixa preocupados neste momento festivo: o desprestígio
e os maus tratos à memória e aos costumes da nossa gente, que ao longo dos
anos, lutou pelo fortalecimento da Capital da Sulanca. A desatenção pelas
nossas tradições, cuidou logo de desdenhar desse codinome que tanto nos honrou
nas décadas finais do século XX – CAPITAL DA SULANCA!. A memória física
(construções) do centro antigo, é dizimada diariamente, diante das autoridades
que parecem não se importar com o legado de conquistas dos nossos antepassados.
A memória cultural, desde há muito, é rejeitada e seus propagadores não têm
espaço e nem vez. Onde estão o São João nas ruas, as chegadas de lenha, o
quebra-lajeiro, as festas de padroeiro, a Semana do Folclore, o Ypiranga e as
grandes vaquejadas? Por que, mesmo com tanto dinheiro, ninguém canaliza
recursos para a reativação dos movimentos de cultura popular? Como? Pois até
mesmo as festas comandadas pelo poder público são as que mais descaracterizam
as nossas tradições!
CHEGA! BASTA!
Já passou da hora de pararmos para fazer uma longa reflexão ou então, os filhos
naturais de Santa Cruz do Capibaribe estarão alijados do comando dos destinos
da cidade (poderes executivo e legislativo) assim como ocorre em outras áreas.
Não que os nossos irmãos adotivos não sejam merecedores de tal honra. É que até
agora, estes Têm demonstrado verdadeiro desconhecimento e, por conseguinte,
desinteresse pela nossa história e costumes.
Faça
você, sem aquele envolvimento político-partidário, um questionamento e
responda, sinceramente.
a. O serviço de atendimento à Saúde em Santa Cruz do Capibaribe é satisfatório,
comparável ao posicionamento desta terra no cenário econômico da Região?
b.
Você acha adequado o Terminal Rodoviário de Santa Cruz do Capibaribe?
c.
E o transporte público? Atende as suas necessidades?
d.
O serviço de Assistência Social acolhe bem as pessoas em situação de
vulnerabilidade?
e. É fácil a locomoção para pessoas com dificuldade de mobilidade pelas
nossas ruas e calçadas ou passeio público?
Não é de hoje. Não é de
agora. Quando tudo era – aparentemente - mais difícil, nossa gente dispunha de
segurança, diversão, atenção e até um ‘campo de pouso e decolagem para pequenos
aviões’.
Pela sua grandeza de bonificar àqueles – que mesmo fazendo-lhe
declarações de amor – apenas sugam as riquezas oferecidas, “PARABÉNS SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE: 65 ANOS DE CONQUISTAS”!!!
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