'Amigo de longa data', diz Lula após morte de Armando Monteiro Filho

O ex-presidente Lula (PT) prestou homenagem ao ex-ministro e empresário Armando Monteiro Filho, que faleceu nesta terça (2) aos 92 anos

"O povo pernambucano e o Brasil perdem um grande homem. Minha solidariedade à família neste momento de dor", diz Lula por meio de nota - 
Mariana Guerra / JC Imagem

Editoria de Política do JC

Assim como lideranças, instituições e partidos políticos de Pernambuco, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgou nota de pesar pela morte do ex-ministro e empresário Armando Monteiro Filho. Aos 92 anos de idade, ele faleceu nesta terça-feira (2) por volta das 6h da manhã por conta de complicações no sistema respiratório. 

Em sua homenagem, Lula lembra que Armando é seu amigo de longa data e ressalta a sua atuação política e empresarial. A assessoria de imprensa do ex-presidente não confirmou se ele comparecerá ao velório. O petista foi aliado do seu filho, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) nas três últimas eleições.

O corpo de Armando Monteiro Filho será velado das 16h às 19h desta terça (3), na Capela Nossa Senhora das Graças, no Instituto Ricardo Brennand, bairro da Várzea. A partir das 20h, ele passa a ser velado no Cemitério Morada da Paz, em Paulista. Nesta quarta (3), às 10h, haverá uma missa no mesmo local. A cerimônia de cremação será às 11h. O governador Paulo Câmara (PSB) decretou luto oficial de três dias em Pernambuco pelo seu falecimento.

Trajetória política

Armando de Queiroz Monteiro Filho nasceu em 11 de setembro de 1925 em Recife, capital pernambucana. Desde 1945, quando ingressou na Escola de Engenharia da Universidade de Recife, tinha participação na política universitária contra o Estado Novo. Chegou a se eleger deputado estatual pelo Partido Social Democrático (PSD), porém foi impedido de assumir o mandato por ser genro pelo governador eleito, Agamenon Magalhães. Já em 1946 conseguiu se eleger para a primeira suplência do cargo de deputado estadual.

Em 1951, foi nomeado secretário estadual de Viação e Obras Públicas, onde permaneceu até 1954, quando assumiu uma vaga aberta na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Em 1954, foi o deputado federal mais votado do Brasil e se reelegeu em 1958. No seu segundo mandato, participou da elaboração do projeto que concebeu o Conselho de Desenvolvimento Econômico do Nordeste, que serviu de base para a criação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

Em 1951, no governo de João Goulart, Armando Monteiro Filho foi nomeado para o Ministério da Agricultura. Uma das marcas da sua gestão na pasta foi o Fundo Federal Agropecuário (Ffap). Com a renúncia do primeiro-ministro do governo Jango, Tancredo Neves, em 26 de junho de 1962, reassumiu sua cadeira na Câmara dos Deputados. Nas eleições para o governo de Pernambuco em 1962, disputou o cargo, mas ficou em terceiro lugar, no pleito que teve como vencedor Miguel Arraes. Encerrou seu mandato de deputado federal em 1963.

Durante o regime militar, com a extinção dos partidos políticos pelo AI nº 2 e a instauração do bipartidarismo, Armando Monteiro Filho se filiou ao PMDB, partido de oposição e chegou a concorrer ao Senado Federal em 1966, mas não alcançou o pleito. Após o fim do partidarismo em 1979, ele se filiou ao PDT. Só voltou a concorrer a um cargo público em 1994, quando buscou uma vaga de senador. Em 1998, deixou o PDT e ingressou no PMDB.

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