ALTMAN SOBRE A COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE: NÃO BASTA CHORAR PELOS MORTOS


Em novo artigo, o jornalista Breno Altman, editor do Opera Mundi e colunista do 247, defende o trabalho da Comissão Nacional da Verdade, mas afirma que ele não se esgota no relatório; "O passo seguinte deveria ser a proposição, ao Congresso Nacional, de emenda constitucional que reforme a Lei de Anistia, permitindo o pronto ajuizamento de ações contra torturadores e assassinos", diz ele; "Mais uma vez, não há tempo para ter medo. A democracia refuta a revanche, mas exige justiça"; leia a íntegra


Do 247 


O jornalista Breno Altman, editor do Opera Mundi e colunista do 247, elogia o trabalho da Comissão Nacional da Verdade, mas pede que o passo seguinte: a revisão da Lei de Anistia e a punição de agentes da repressão.

"Trata-se do mais importante levantamento já feito sobre aquele sombrio período da história brasileira. Sua relevância maior, porém, está no caráter estatal do relatório que sintetiza o formidável trabalho realizado desde 2012", diz ele.

Altman comentou, ainda, o choro da presidente Dilma Rousseff na cerimônia de ontem. "Era o choro de uma mulher que entregou sua juventude à resistência contra o regime militar. Que sofreu prisão e tortura. Que viu muitos de seus companheiros caírem em combate ou serem assassinados. Que não teve, na época, tempo para o medo e para o pranto dos camaradas tombados. A presidente tem direito às lágrimas. Fez por merecê-lo, com toda honra e valentia de sua história pessoal. Mas ao país não bastam as lágrimas da presidente", diz ele.

"O passo seguinte deveria ser a proposição, ao Congresso Nacional, de emenda constitucional que reforme a Lei de Anistia, permitindo o pronto ajuizamento de ações contra torturadores e assassinos. Mais uma vez, não há tempo para ter medo. A democracia refuta a revanche, mas exige justiça. Não basta chorar nossos mortos para que o golpismo e o terrorismo de Estado sucumbam à valentia e o heroísmo dos que, como Dilma, se ergueram contra a tirania."

Leia a íntegra em Não basta chorar pelos mortos.

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