Procurador é agredido em Caruaru e família acusa homofobia

Jailson Claudino da Silva saía da abertura do São João da cidade junto com um grupo de amigos quando foi surpreendido pelos agressores

Do JC Online
Com informações de Diego Martinelly, da TV Jornal Caruaru

O crime aconteceu por volta das 2h30, na Rua Frei Caneca, nas imediações do pátio de eventos de Caruaru, no Agreste pernambucano - Foto: Diego Martinelly/TV Jornal Caruaru

O procurador do município de Salgadinho, Jailson Claudino da Silva, de 37 anos, prestou queixa neste domingo (31) por agressão, após ter sido atacado por um grupo de cerca de 20 homens, sem motivação aparente. O crime aconteceu por volta das 2h30, na Rua Frei Caneca, nas imediações do pátio de eventos de Caruaru, no Agreste pernambucano. Para a família da vítima, o crime teve motivação homofóbica.

De acordo com a irmã do procurador, Edna Claudino da Silva, Jailson estava em Caruaru para um reencontro de colegas do curso de Direito, da turma que se formou em 2002, na Faculdade Asces. O encontro ocorreu durante a tarde no Alto do Moura e depois eles foram para a abertura do São João que estava acontecendo no Pátio de Eventos Luiz Gonzaga. 

Na saída da festa, por volta das 2h30 da madrugada, quando integrantes da turma retornavam para um hotel onde estavam hospedados, nas imediações do pátio de eventos, cerca de 20 rapazes atacaram Jailson com socos e pontapés. Outras três pessoas que estavam com ele também foram agredidas. 

Sem motivo aparente para a agressão, a irmã da vítima acredita que o crime teve motivação homofóbica. "Eles apareceram do nada e foram logo agredindo o meu irmão, que é homossexual. Não mataram meu irmão porque um taxista entrou na confusão e conseguiu segurar os agressores. O taxista ficou ferido na cabeça e teve que ser socorrido também por quem passava no local na hora. Foi uma noite de horror", explica Edna.

Jailson Claudino foi levado para una Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Caruaru, fez alguns exames e em seguida foi liberado. Na manhã de hoje, o grupo prestou queixa na 1º Delegacia da cidade e fez exames traumatológicas no IML do município.

A Secretaria de Direitos Humanos de Pernambuco foi acionada e encaminhou um psicólogo, que ficou durante todo dia com o procurador e o restante do grupo. "Só espero que este caso não fique impune. É inadmissível que nos tempos atuais ainda existam pessoas que não respeitam o direito dos outros", finalizou a irmã.

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