Mais de 700 cruzes são enterradas em Boa Viagem simbolizando 'fim' do Pacto Pela Vida
Projeto foi criado com o objetivo de reduzir os crimes contra a vida. Mas, ano passado, recebeu o título de "morto" e esquecido pelo governo
Por: Diario de Pernambuco
Mais de 700 cruzes foram enterradas na praia de Boa Viagem, um dos principais cartões postais do Recife, nesta quarta-feira, em protesto contra a falta de segurança e o descaso do governo com o aumento da violência em todo o estado. Organizado pela Associação de Cabos e Soldados de Pernambuco, o manifesto representa o enterro do Programa Pacto Pela Vida, uma política pública de segurança lançada em maio de 2007. Além do ato simbólico, os manifestantes fizeram uma caminhada pela Avenida Boa Viagem do Hotel Internacional Palace até o Edifício Acaiaca, no Posto 6, onde as cruzes foram fincadas.
Por: Diario de Pernambuco
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Presidente da ACS-PE afirma que, além de melhor qualidade de trabalho e valorização profissional, as organizações de segurança precisam de respeito.
Foto: Bruno Cantarelli/Assessor de Imprensa ACS-PE
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Mais de 700 cruzes foram enterradas na praia de Boa Viagem, um dos principais cartões postais do Recife, nesta quarta-feira, em protesto contra a falta de segurança e o descaso do governo com o aumento da violência em todo o estado. Organizado pela Associação de Cabos e Soldados de Pernambuco, o manifesto representa o enterro do Programa Pacto Pela Vida, uma política pública de segurança lançada em maio de 2007. Além do ato simbólico, os manifestantes fizeram uma caminhada pela Avenida Boa Viagem do Hotel Internacional Palace até o Edifício Acaiaca, no Posto 6, onde as cruzes foram fincadas.
Segundo o presidente da ACS-PE, Albérisson Carlos, além de melhor qualidade de trabalho e valorização profissional, as organizações de segurança precisam de respeito da sociedade.
O Pacto
O Pacto pela Vida é uma política pública de segurança criada com o objetivo de reduzir os crimes contra a vida. Mas, em setembro do ano passado, o projeto recebeu o título de "morto", quando um dos idealizadores do projeto, o professor e sociólogo José Luiz Ratton, afirmou em entrevista que a ação havia se perdido com o tempo. Segundo dados da SDS, em 2016 foram registrados 500 homicídios a mais que em 2015, chegando a mais de 4 mil mortes. Em 2017, a situação não melhorou, o índice de violência continua a crescer assustadoramente. Nos doze primeiros dias do ano, foram registrados mais de 100 assaltos a ônibus na Região Metropolitana. Segundo o presidente da ACS-PE, o primeiro mês do ano terá um índice muito maior do que o do ano passado, quando foram registrados 175 assaltos durante todo o mês.
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