Autodeclarado oposicionista, prefeito de Salgueiro diz esperar “atitude republicana” da governadora Raquel Lyra

Marcones Sá (PSB), prefeito de Salgueiro, no Sertão pernambucano, destacou que a obra da Ferrovia Transnordestina será o grande canal para alavancar a economia do interior do Nordeste. O gestor concedeu entrevista ao Blog do Alberes Xavier e à Rede Pernambuco de Rádios. Para Marcones, o interior do estado necessita de novos modelos de produção, descentralizando os investimentos dos grandes centros urbanos.

O prefeito ainda falou que no final da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) houve um retrocesso. “A Ferrovia Transnordestina é o grande canal de alavancar a economia do Nordeste, principalmente do grande interior do Nordeste. A gente tem esperança agora. O presidente Lula (PT) já bateu o martelo, porque no final do último governo houve um retrocesso, assumindo apenas o eixo do Ceará. A gente precisa garantir também o eixo Salgueiro/Suape”, disse.

“O interior do Nordeste precisa de um novo modelo de produção. O país sempre esteve errado quando instalou, por exemplo, sua indústria automobilística no Sudeste. Também esteve errado quando instalou suas grandes economias no litoral, mas é porque o mercado é um pouco exigente ele quer estar onde tem o consumo. A ferrovia vem para baratear o curso de transporte e vem trazer essa capacidade do interior do Nordeste de participar desse centro de produção”, avaliou Marcones Sá.

Ao falar sobre a gestão da governadora Raquel Lyra (PSDB), o mandatário destacou estar no campo de oposição, mas afirmou acreditar que ela irá adotar uma conduta republicana na administração. “Eu estou no campo oposto dela [Raquel]. O que eu espero da governadora… eu acredito é que ela vai ter uma atitude republicana. Ainda tem 4 anos para ela ir para reeleição, então e o tempo mudou”.

Marcones completou dizendo que, pela sua experiência, ele sabe que “essas questões eleitorais os políticos resolvem na eleição. Fora da eleição nós temos que ser republicanos. A gente tem que pensar no povo. Não adianta o povo ficar excluído enquanto o prefeito está brigando com governador e o governador está brigando com presidente”, completou.