Dia mundial do combate ao câncer: 5 tecnologias que podem mudar o futuro da doença
Por Lucas Soares
Olhar Digital
Neste dia 4 de fevereiro é comemorado o Dia Mundial do Combate ao Câncer. Segundo a segunda principal causa de morte no mundo, com uma média de quase 10 milhões de óbitos anuais, o câncer é a área da medicina que mais recebeu investimentos nas últimas décadas. Todo esse esforço vem dando resultado: a sobrevida de pacientes com a doença na última década aumentou entre 50 e 70%.
Para incentivar o cuidado nesta data, o Olhar Digital separou cinco tecnologias que estão sendo testadas e podem revolucionar o combate aos mais diversos tipos de câncer no mundo.

University of Texas/MD Anderson Cancer Center
Terapias genéticas
Nos últimos anos, terapias genéticas têm revolucionado o combate contra alguns tipos de câncer. Essas novas terapias são capazes de identificar as mutações do câncer de um paciente específico e indicar a melhor forma de tratar a doença.
“Uma das principais áreas de pesquisa em fase de revolução na pesquisa sobre o câncer é o uso de descobertas genéticas para agrupar e separar populações em diferentes níveis de risco, para que possamos direcionar a detecção precoce para os homens que mais precisam”, disse a professora Ros Eeles, especialista em genética do Institute of Cancer Research (ICR)
Diagnóstico Molecular
Utilizando tecnologia de inteligência artificial, os diagnósticos moleculares podem combinar mutações genéticas encontradas em amostras de tumores de pacientes para direcionar terapias. Com esse recurso, pacientes podem receber um tratamento direcionado para o tecido do câncer específico que a pessoa possui. Atualmente a Oncompass Medicine utiliza o sistema de IA combinado com algoritmos para fazer esse direcionado. A tecnologia também pode ser utilizada em conjunto com os tratamentos genéticos.

Imagem: PhonlamaiPhoto (iStock)
Cirurgias de precisão
Não só nos diagnósticos que a tecnologia é aplicada. Cirurgias com o auxílio de robôs não são usadas apenas no câncer. No entanto, são uma ótima aliada na hora de remover tumores, isso pois com a tecnologia é possível obter um nível de precisão e eficácia que as mãos humanas não conseguem. Robôs cirúrgicos hoje têm câmeras 3D que podem gravar operações e transmitir ao mesmo tempo e ajudam o cirurgião.
Sensores embutidos
Durante o tratamento contra o câncer é importante monitorar o corpo do paciente para verificar a eficácia da medicação e dos métodos utilizados. Medir a temperatura constantemente, por exemplo, é importante durante a quimioterapia. Com isso, para facilitar a medição de dados e encontrá-los com mais frequência, hoje estão sendo criados sensores que podem ser implantados no corpo para coletar esses dados. Apesar de a tecnologia ainda ser pouco utilizada, o potencial futuro dela ganhou destaque na medicina.
Imunoterapia
Há pouco mais de 20 anos a quimioterapia era basicamente a única forma de tratamento concreto contra a doença e na época a os pacientes com câncer de pulmão agressivo e metastático tinham sobrevida média de 12 meses. Atualmente, com as técnicas modernas, a média é de cerca de 90 meses.
“A imunoterapia preenche essas lacunas. Os pacientes podem receber quimioterapia e imunoterapia concomitantemente ou apenas imunoterapia. Depende das características de expressão de PD-L1 no tumor. Quanto mais expresso – e isso o médico patologista investiga por imuno-histoquímica – mais propenso será o paciente a responder ao tratamento”, explica Felipe D´Almeida Costa, diretor de Ensino da Sociedade Brasileira de Patologia ao portal Medicina S/A.
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