E se altos militares da ativa foram coautores da “minuta do golpe”?
Por Mario Sabino Metrópoles Se Anderson Torres vier a citar gente graúda das FA -- apenas suponho --, é preciso que personagens maduros conduzam a depuração Gustavo Moreno/Metrópoles O ex-ministro da Justiça Anderson Torres, em cuja casa foi encontrada a “minuta do golpe”, é a figura-chave para que se esclareça quem participou da trama que pretendia anular o resultado da eleição presidencial, por meio dessa pitoresca declaração de Estado de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral, uma teratologia jurídico-institucional. Se for esperto, o ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro entregará quem querem que ele entregue, em troca de pegar uma pena menos dura. O prêmio mais cobiçado por Lula, pela oposição e por quase todos os ministros do Supremo Tribunal Federal é a cabeça do ex-presidente da República. Sonham com torná-lo inelegível. Mas Anderson Torres poderá citar nomes que talvez coloquem os mandachuvas de Brasília numa sinuca de bico, se personalismos, vendetas e ideologias se sob...