Trabalhadores essenciais ‘invisíveis’ equilibram medo e compromisso em meio à pandemia no Ceará
Por Theyse Viana Diario do Nordeste Vigilante, maqueiro e funcionária de serviços gerais descrevem convívio com pacientes e aprendizados no enfrentamento à Covid Legenda: Edmilson atua como maqueiro há 18 dos 40 anos de vida Foto: Diego Sombra/Hospital São José Em 18 anos de ofício e 40 de vida, Edmilson Teixeira Filho nunca ouviu tanto sobre saudade. Como maqueiro do Hospital São José (HSJ), ele é “as pernas” de quem a Covid debilitou – e carrega nos braços, todos os dias, as incontáveis histórias e ausências contadas pelos pacientes. Como ele, diversos outros profissionais dividem o tempo, hoje, com o trabalho e a função de serem companhias e ouvidos para os que entram e saem dos leitos. Longe do rótulo de heróis, os essenciais se equilibram entre o medo e o compromisso com o ofício. “No começo, era desespero, porque ninguém sabia como agir com uma doença nova. Tinha medo até de chegar no paciente, todos chegando muito graves, muito rápido”, confessa Edmilson, cuja rotina girou 180 g...