DÁRIO GOMES* Sempre houve e sempre haverá uma linha divisória, que marca as devidas delimitações para quase tudo que existe. Existe sentimento que não passa de emoção, amor que não passa de paixão, obediência que não passa de bajulação, amizade que não passa de interesse, entre outros. Uma das mais difíceis tarefas é encontrar onde está a divisão entre a paixão e o amor, entre a razão e a emoção, entre o sentimento e a necessidade, entre o bajulador e o obediente. Difícil é saber a diferença entre um e outro. Apesar das dificuldades que encontramos é possível traçarmos uma linha condutora dentro desse dilema, a fim de que não sejamos enganados e também não nos enganemos. Ouvi, certa vez, um relato de uma irmã que, há pouco tempo, havia conhecido outra pessoa que, a seu ver, era muito carente. Analisando a forma simples da outra se vestir, concluiu que se tratava de alguém muito necessitada, e logo procurou fazer algo para ajudar. Foi ao supermercado e fez uma c