Bolsonaro faz jogo político ao misturar facada com morte de Marielle
Por KENNEDY ALENCAR Crimes são graves, mas bem diferentes BRASÍLIA “Eu também tô interessado em saber quem mandou me matar”, disse ontem o presidente Jair Bolsonaro, ao comentar a prisão de dois acusados de executar a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e o motorista Anderson Gomes. Sempre econômico ao tratar do caso, até porque a assessoria do hoje presidente disse durante a eleição que a opinião dele sobre os assassinatos seria “polêmica demais”, Bolsonaro afirmou: “Espero que realmente a apuração tenha chegado de fato a quem foram os executores, se é que foram eles, e a quem mandou matar”. Depois, falou da facada que levou na campanha, mais uma vez misturando coisas diferentes. Fez jogo político. Ao nivelar o atentado que sofreu ao assassinato de Marielle e Anderson, o presidente usa a manjada estratégia de animar o núcleo bolsonarista (extrema-direita radical que age nas redes sociais). Bolsonaro também foge de questionamentos incômodos sobre um caso que desprezou