O comício eletrônico de Luciano Huck

“O que o destino e o que Deus esperam para mim, vou deixar rolar."


Luciano Huck no programa do Faustão, 07/01/2018 (Reprodução/TV Globo)

O que é, o que é? Tem jeito de candidato, fala como candidato, comporta-se como candidato, mas diz que não é candidato?

É Luciano Huck.

Até ontem, ele parecia ter abandonado a boca do palco da política. Desde então voltou a ocupar pelo menos a boca dos políticos que estavam ligados na televisão.

Sua reentrada em cena deu-se no comício eletrônico que fez no programa do seu colega Faustão, campeão de audiência nos fins de tarde e no início das noites dos domingos.

Huck respondeu a perguntas de Faustão e do público. E ao fazê-lo, foi mais um aspirante a candidato do que apenas um pop star.

Não descartou a possibilidade de ser candidato no futuro quando disse: “O que o destino e o que Deus esperam para mim, vou deixar rolar”.

Quanto ao futuro, não explicou se se referia a um futuro distante ou a um futuro que está logo ali em de março quando acaba o prazo de filiação a partidos dos que desejem disputar as eleições deste ano.

Serviu ao distinto público tudo o que as pesquisas informam que ele quer ouvir.

Crítica aos políticos:

– A sociedade como um todo está envergonhada da classe política. Não estou falando em causa própria, todo mundo que tem filho, irmão, tem que enxergar a política como único caminho para transformar. Tem que aproveitar essa fratura exposta que aconteceu no Brasil nos últimos dois anos, de derretimento da classe política para reocupar esse espaço, ressignificar as coisas e tentar de fato botar um pouco de ética.

Bons propósitos:

– Minha missão esse ano é tentar motivar as pessoas a que votem com muita consciência e que a gente traga os amigos que estão a fim para ocupar a política, senão não vai ter solução.

Humildade:

– Eu nunca, jamais, vou ser o salvador da pátria e o que vai acontecer na minha vida eu também não sei. Eu amo o que eu faço, eu amo estar todo sábado na televisão, eu gosto muito de estar com as pessoas, de contar as histórias.

Recato:

– Neste momento, agora, começo de janeiro, eu ainda acho que meu papel com esse microfone na mão aqui na TV Globo, na televisão, motivando as pessoas, talvez seja até mais importante do que estar lá (na Presidência).

Senso de responsabilidade:

– Neste momento, se eu me isentar de tentar melhorar, eu estaria sendo covarde. Daí a eu querer ser presidente, não quero que seja uma pretensão minha e não quero ser pretensioso de maneira nenhuma.

Esperança:

– Eu vou participar, eu vou botar a mão na massa, eu quero ajudar e eu acredito muito no Brasil. Contem comigo para tentar melhorar essa bagunça geral aqui.

Apelo à pacificação do país:

– O que estou fazendo e vou continuar fazendo é mobilizar uma geração inteira, que não importa da onde vem, a classe social, o credo, a religião, a crença, se é de esquerda, de direita, eu não acredito mais nisso, eu acredito nas pontes.

Rumo:

– É um ano super importante [este]. O voto é o melhor e o único jeito de transformar. Com essa crise, tem gente que pede volta à ditadura. Não existe isso, democracia é feita para melhorar a vida das pessoas. Temos nossa arma e temos que agarrar com unhas e dentes.

Prioridades:

– Se não investir em educação e esperar uma geração se formar, não vai ter solução. É a única transformadora. Não dá para falar em meritocracia no Brasil quando as oportunidades são diferentes. O único jeito de igualar para todo mundo é a educação ser boa para todos.

Angélica e Luciano Huck no programa do Faustão (Reprodução/TV Globo)

Angélica, mulher de Huck, que o acompanhou durante a entrevista, mostrou-se afinada com o discurso do marido:

– Quero um mundo melhor, um Brasil melhor para os meus filhos, acho que todo mundo quer. Acho que tem que torcer por isso de forma consciente e ficar de olho aberto. Somos uma coisa só, não tem que ficar dividido com partido. O brasileiro merece uma coisa melhor, temos um país maravilhoso e a gente merece melhorar as coisas por aqui.

Não faltou nada. Os dois chegaram a trocar intimidades diante das câmeras.

– Eu sou ciumenta. Não sou, amor? – perguntou Angélica.

– Não, porque não dou motivo – respondeu ele.

Por fim, Angélica revelou que Huck ronca quando dorme: “Eu gravo e mostro para ele. Gravo tudo”.

Lindo, não?

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