DILMA: EU NÃO VOU CAIR; NÃO ME ATEMORIZAM


Presidente Dilma Rousseff reage às investidas 'de uma certa oposição um tanto quanto golpista' e desafia os que defendem seu impeachment a provar que ela algum dia "pegou um tostão" de dinheiro sujo: "Eu não vou cair. Eu não vou, eu não vou. Isso aí é moleza, é luta política"; ela diz respeitar o ex-presidente Lula, mas afirma não se sentir no volume morto: "Estou lutando incansavelmente para superar um momento bastante difícil na vida do país"; ela defende ainda as decisões sobre as contas de 2014, em análise no TCU: 'Eu não acho que houve o que nos acusam. É interessante notar que o que nós adotamos foi adotado muitas vezes antes de nós'; a presidente revela também que o governo prepara outras medidas fiscais para compensar as mudanças recentes feitas pelo Congresso: "Até o final do ano vou fazer o diabo para fazer a menor recessão possível. Já virei um pouco caixeiro viajante, vou continuar"

247 – A presidente Dilma Rousseff reagiu ao golpismo da oposição e desafiou os que defendem seu impeachment a provar que ela algum dia "pegou um tostão" de dinheiro sujo.

"Eu não vou cair. Eu não vou, eu não vou. Isso aí é moleza, é luta política", disse ela, em entrevista à ‘Folha de S. Paulo’.

Segundo Dilma, não há base para cair: “Isso do ponto de vista de uma certa oposição um tanto quanto golpista. Eu não vou terminar por quê? Para tirar um presidente da República, tem que explicar por que vai tirar. Confundiram seus desejos com a realidade, ou tem uma base real? Não acredito que tenha uma base real”. "Não me atemorizam", acrescenta.

Quanto à declaração do Lula sobre o cenário político, diz que respeita muito o ex-presidente, “mas não me sinto no volume morto não. Estou lutando incansavelmente para superar um momento bastante difícil na vida do país”.

A presidente Dilma afirma ter cometido erros no seu primeiro mandato (2011-2014), mas não coloca na lista as pedaladas fiscais. "Eu não acho que houve o que nos acusam", afirmou a petista sobre a análise que o TCU (Tribunal de Contas da União). "É interessante notar que o que nós adotamos foi adotado muitas vezes antes de nós".

Ela disse ainda que "vai fazer o diabo" para reduzir os impactos da recessão econômica e revelou que o governo prepara outras medidas fiscais para compensar as mudanças recentes feitas pelo Congresso: "Até o final do ano vou fazer o diabo para fazer a menor [recessão] possível. Já virei um pouco caixeiro viajante, vou continuar" (leia aqui).

Leia, ainda, reportagem da Reuters sobre a entrevista de Dilma:

Reuters - Com a subida de tom da oposição e o aumento das conversas sobre impeachment ou cassação, a presidente Dilma Rousseff garantiu em entrevista publicada nesta terça-feira que não há base para isso e não vai cair.

Dilma disse ainda, ao jornal Folha de S.Paulo, que quer acelerar o ajuste fiscal e fará o possível para a recessão ser a menor possível.

"Eu não vou cair. Eu não vou, eu não vou. Isso é moleza, isso é luta política. As pessoas caem quando estão dispostas a cair. Não estou. Não tem base para eu cair. E venha tentar, venha tentar. Se tem uma coisa que eu não tenho medo é disso", disse Dilma na entrevista.

"Para tirar um presidente da República tem que explicar por que vai tirar. Confundiram seus desejos com a realidade, ou tem uma base real? Não acredito que tenha uma base real."

Dilma referiu-se a "uma certa oposição um tanto golpista", mas disse que não acha que toda oposição "seja assim".

Apesar de atritos crescentes com lideranças do PMDB, especialmente o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Dilma rejeitou qualquer problema com o partido --o maior da base governista e que tem o vice-presidente da República, Michel Temer-- dizendo que não são os peemedebistas que querem seu afastamento. "Eu acho que o PMDB é ótimo."

Segundo a presidente, acelerar o ajuste fiscal é fazer já tudo que for preciso, "porque quanto mais rápido fizermos, mais rápido sairemos dele".

Dilma disse ainda que o Executivo prepara "medidas estruturantes que contribuem ao mesmo tempo para o ajuste como para o médio e longo prazos", mas não disse quais seriam as medidas.

Admitindo estar surpresa com a intensidade da recessão da economia neste ano, Dilma disse que "até o final do ano vou fazer o diabo para fazer a menor (recessão) possível".

(Por Alexandre Caverni, em São Paulo)

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