Dr. Paulo Lima* Disse o cronista Joca Souza Leão, certa feita, num de seus artigos, que o cronista não precisa de um tema específico para escrever um artigo. Basta ver uma folha seca caindo de uma árvore que isto já é mais que suficiente para que o mesmo corra para uma máquina de escrever, ou melhor, para um computador, já que máquina de escrever é instrumento do século passado e não se usa mais em nossos dias e comece a rabiscar linhas, mal ou bem traçadas. Eu, graças a Deus, sou do tempo da máquina de escrever e não tenho nenhuma vergonha em admitir este fato. E por falar em folhas secas, lembrei de uma linda canção, "Folhas Secas", do grande NELSON CAVAQUINHO, uma bela homenagem à sua escola, Mangueira, que começa assim: "Quando piso em folhas secas, caídas de uma mangueira, penso na minha escola e nos poetas da minha estação primeira, Não sei quantas vezes, subi o morro cantando, sempre o sol me queimando, E assim vou me acabando"... Em verdade, mais que um