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Vitória de Biden é revés para Bolsonaro e exige mudança na política externa brasileira, dizem analistas

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Da BBC News Brasil em Brasília CRÉDITO REUTERS Bolsonaro já declarou que torcia para que Trump ganhasse a eleição O democrata Joe Biden foi eleito presidente dos Estados Unidos, derrotando o republicano Donald Trump, que tentava a reeleição. O resultado, projetado no sábado (07/11), representa um duro revés para o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, que adotou como principal pilar da sua política externa o forte alinhamento com o atual presidente americano. Contrariando princípio básico da diplomacia de não interferir em processo eleitoral de outro país, o governo Bolsonaro deixou evidente sua preferência por Trump, o que agora o coloca em situação delicada para negociar com o futuro presidente democrata. Para especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, a derrota da principal referência internacional de Bolsonaro deve exigir uma "reinvenção" de sua política externa, que abandonou a tradição brasileira pelo multilateralismo. Além disso, esses analistas consideram que a vitó

A hipocrisia como política externa

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Numa política externa dogmática, uma ditadura de esquerda é uma ditadura de esquerda. Já uma ditadura de direita é um aliado e um parceiro comercial JAMIL CHADE * El País Bolsonaro durante fórum de negócios em Abu Dhabi, em 27 de outubro. A coerência de um líder é, provavelmente, uma de suas maiores virtudes para conquistar credibilidade internacional e respeito. Questionar uma ideologia , sempre que dentro da lei, é legítimo. Preferir um certo caminho econômico, desde que não retire direito fundamentais de seus cidadão, é sempre uma opção. O que não é uma opção é a hipocrisia. Desde que assumiu o Governo, Jair Bolsonaro colocou Nicolas Maduro e Havana como seus maiores inimigos no hemisfério. Para questionar e tirar qualquer tipo de legitimidade do Governo de Caracas, ele e seu chanceler, Ernesto Araújo, fizeram questão de denunciar o caráter autoritário do regime venezuelano. Cuba é também uma obsessão do atual Governo. Com pouca relevância hoje no mundo, a

Política externa danifica imagem do Brasil e ameaça economia

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Por KENNEDY ALENCAR Bolsonaro e Itamaraty queimam  capital político de décadas São Paulo Uma sequência de erros na política externa causa danos à imagem internacional do Brasil, queimando um capital político construído ao longo de décadas. Essa linha de ação ameaça trazer prejuízos econômicos concretos à nossa população, aumentando o desemprego e desestruturando cadeias produtivas exportadoras, como a de proteína animal. A viagem do presidente Jair Bolsonaro a Israel é mais um exemplo de como o Brasil erra na política externa. Bolsonaro conseguiu piorar a relação brasileira com o Oriente Médio, uma região do mundo em que há vários conflitos, entre os quais confrontos crônicos entre palestinos e israelenses. O Brasil tem uma ótima relação com Israel. Comportar-se como cabo eleitoral do primeiro-ministro Binyamin Netannyahu é correr o risco de se indispor com um eventual novo governo. Haverá eleições em Israel no dia 09 de abril, terça-feira que vem. Na recente visita

MACRI PRESIDENTE DA ARGENTINA: O QUE O BRASIL DEVE ESPERAR

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Enquanto simpatizantes de Mauricio Macri comemoravam a vitória na eleição presidencial deste domingo ao som de música brasileira, o novo presidente argentino garantia que sua primeira visita de Estado será feita à presidente Dilma Rousseff, no Brasil; “Para o governo brasileiro será muito mais fácil trabalhar com a gente do que com a Cristina”, declarou a Guido Nejamkis, editor do 247 em espanhol, um dos principais formuladores da política externa de Macri; novo presidente pretende estabelecer políticas em sintonia com os ministros pragmáticos do governo Dilma, que seriam Joaquim Levy, Armando Monteiro e Kátia Abreu; no entanto, deve haver mudanças em relação à Venezuela; Macri pedirá que o país de Nicolás Maduro seja expulso do Mercosul, caso não liberte os presos políticos Por Guido Nejamkis, editor do  247 em espanhol A festa dos simpatizantes de Mauricio Macri na capital argentina foi com muita música brasileira. O tom da celebração já antecepa um fato re

Armando Monteiro promete fortalecer relações comerciais com Estados Unidos

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Wellton Máximo  Agência Brasil A recuperação da economia norte-americana e as dificuldades do Mercosul farão o Brasil fortalecer as relações comerciais com os Estados Unidos no segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff. Segundo o novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, a reaproximação comercial com os Estados Unidos e o fechamento de acordos com países banhados pelo Oceano Pacífico, como o México, Peru, a Colômbia e o Chile, são importantes para o país conquistar novos mercados em meio a complicações no Mercosul. (foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil) Armando Monteiro Neto assume o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em solenidade no Banco Central “Os governos têm de responder às demandas e às circunstâncias em cada momento. Temos de ajustar o foco e a estratégia e integrar-nos a outras correntes de comércio, como países da Bacia do Pacífico, e revalorizar a parceria com os Estados Unido