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PERDEU, BOLSONARO

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Por RICARDO KOTSCHO Bolsonaro se acha muito esperto. Pensa que pode enganar a todos durante todo o tempo, com suas crendices e mentiras. Posa de machão, mas tomou uma surra de fazer bico nesse domingo, de onde menos podia esperar: da Anvisa (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária), cujos diretores escolheu a dedo para boicotar a “vacina chinesa do Doria”, a única que o Brasil tem até o momento para vacinar a população. A Anvisa não só aprovou a Coronavac, por unanimidade, como enterrou as “alternativas terapêuticas” do presidente com o “tratamento precoce” da cloroquina, decidindo que a vacina é a única forma eficaz de prevenção contra o coronavírus . Covarde, até o momento em que escrevo, o capitão não apareceu para comentar o julgamento da Anvisa, e mandou seu general da Saúde, coitado, passar o vexame de entrar ao vivo na televisão, depois de João Doria celebrar a primeira aplicação de vacina em solo brasileiro na Mônica Calazans, uma enfermeira negra de 54 anos, que mora em Itaq

'Mito' diplomado mostra que vai governar como fez campanha: por fake news

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Por Ricardo Kotscho, para o Balaio do Kotscho e o Jornalistas pela Democracia    Ao ser diplomado presidente da República no TSE, nesta segunda-feira, Jair Bolsonaro foi recebido aos gritos de "Mito" pela seleta platéia de seguidores. De fato, a sua eleição está mais ligada à mitologia nativa que cria tipos como João de Deus do que à escolha racional de um país civilizado do século 21. Num texto mais adequado ao Facebook do que à pomposa cerimonia da diplomação de um presidente, a única coisa útil do seu discurso mambembe, lido com dificuldade, foi revelar que pretende governar exatamente como fez campanha, quer dizer, sem intermediários, sem debates, sem dar muita satisfação aos insatisfeitos. Disse o eleito: "O pode popular não precisa mais de intermediação. As novas tecnologias permitiram nova ligação direta entre o eleitor e seus representantes". Esta "ligação direta" é feita por meio de fake news fartamente disseminadas nas r

KOTSCHO: SEM LULA, CIRO SERIA O ÚNICO NOME A LIDERAR FRENTE DE ESQUERDA

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O jornalista Ricardo Kotscho defendeu nesta terça-feira, 6, o nome do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) como uma possibilidade concreta de liderar uma frente de esquerda, caso o ex-presidente Lula seja realmente inabilitado; "Ciro seria no momento, na minha modesta e irrelevante opinião, o único nome capaz de liderar uma frente de esquerda para chegar ao segundo turno, já que os dois nomes alternativos do PT, Jaques Wagner e Fernando Haddad, não chegam a empolgar nem o próprio partido", diz ele 247 - O jornalista Ricardo Kotscho defendeu nesta terça-feira, 6, o nome do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) como uma possibilidade concreta de liderar uma frente de esquerda, caso o ex-presidente Lula, que lidera as intenções de voto, seja realmente inabilitado pela caçada judicial e midiática que se impõe contra ele.  "Ciro seria no momento, na minha modesta e irrelevante opinião, o único nome capaz de liderar uma frente de esquerda para chegar ao segundo turno, já que os do

Eles só querem a nossa grana para comprar voto

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Por Ricardo Kotscho No R7 O deputado Wladimir Costa é um símbolo do atual estado da política brasileira  (Foto: Reprodução/TV Câmara) “Vivemos em uma espécie de autocracia picareta, que faz a maior parte do país de refém, parlamentares e governo que procuram escapar da cadeia e distribuem o butim enquanto durar essa oportunidade curta de saque”  (Vinicius Torres Freire, em sua coluna desta quarta-feira na Folha). *** Quem são eles?, poderão perguntar os mais ingênuos e desinformados. Alguém ainda tem dúvida? São as excelências federais de todas as latitudes que estão se lixando para a plateia, dão uma solene banana para todos nós e têm um profundo desprezo pelos eleitores. Vamos falar português claro: eles só querem a nossa grana para comprar o seu voto e garantir a reeleição em 2018 para não perder o foro privilegiado e correr o risco de ir em cana. Não se iludam. A chamada “reforma política”, que começa hoje a ser votada na Câmara, é apenas uma reforma e

Um ano depois, a falta que faz Eduardo Campos

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Por Ricardo Kotscho Foto: Elza Fiúza/10.7.2013/ABr Eduardo Henrique Accioly Campos era o mais promissor, carismático e preparado líder da nova geração de políticos brasileiros, tão carente de lideranças. Eu tinha chegado a esta conclusão depois de duas longas conversas com ele para fazer reportagens e entrevistas publicadas na "Brasileiros", nos anos de 2010 e 2012, que podem ser acessadas no arquivo digital da revista. Esta semana, em que uma série de homenagens lembrará um ano da sua trágica morte em acidente aéreo, no início da campanha presidencial de 2014, poderemos refletir um pouco sobre a falta que ele nos faz. Candidato a presidente, depois de ter governado Pernambuco por dois mandatos, Eduardo morreu muito moço _ faria 50 anos nesta segunda-feira, 10 de agosto _ mas falava e agia como um craque experiente, tocando a bola de primeira no gramado da política, conhecedor do seu ofício, aprendido desde menino com seu avô, Miguel Arraes, que também morreu