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Intervenção no Rio: O Brasil acordou hoje bem mais perto de uma ditadura militar

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Por  RENATO ROVAI * Um carnaval ensurdecedor em que fica clara que a correlação de forças no país mudou a favor do campo progressista. E de forma avassaladora no Rio de Janeiro, cartão postal do país. Um governador do mesmo partido do presidente da República fazendo o jogo de que perdeu o controle das forças de segurança em combinação perfeita com a Rede Globo de Televisão. E puft: numa certa manhã você acorda com uma intervenção militar. Mas aí algum sabichão vai te dizer, ela foi só no estado do Rio de Janeiro e o PT também colocou o Exército nas ruas. Ignore-o, porque como dizia o Cristo, eles não sabem o que falam. Ou na outra hipótese, sabem tanto que estão fazendo o jogo da direita mais truculenta do país. Desde a promulgação da Constituição de 1988 que um general, neste caso Walter Souza Braga Netto, não assume o controle de um estado no Brasil. E isso se estenderá, segundo o decreto, pelo menos até o dia 31 de dezembro deste ano. Mas o que está por trás disso?

Moro e Bolsonaro, os grandes vitoriosos das manifestações de hoje

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Por  RENATO ROVAI * O governo Dilma e o PT foram os grandes alvos das manifestações de hoje. Fora Dilma e Fora PT ecoaram por todo os cantos do país onde manifestantes pró-impeachment foram às ruas. Nada anormal. Tudo dentro do esperado. O grande desafio das manifestações de hoje é que elas fossem maiores do que as do dia 15 de março do ano passado. E foram. Não muito maiores, mas um pouco. Especialmente nas capitais. Até porque essa foi a estratégia dos movimentos que organizaram os atos. Ao invés de fazer centenas pelo país afora, concentraram nas maiores cidades. O ponto fora da curva foi outro, a forma como os manifestantes reagiram aos políticos de partidos com o PSDB e o DEM. O fato de Aécio Neves e Geraldo Alckmim terem sido vaiados e xingados na Avenida Paulista. E de a nova peemedebista, Marta Teresa Smith de Vasconcellos, ter sido praticamente expulsa do local, mostram que aqueles que criaram os cuervos não sabem o que fazer com eles.

Dilma passou pelo teste do debate da Globo e é favoritíssima para ser reeleita

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Por Renato Rovai O debate da Globo tem características diferentes dos de outras TVs e portais. Ele conta com a presença dos chamados indecisos. Esses eleitores fazem perguntas mais programáticas, mas ao mesmo tempo quebram um pouco o ritmo do enfrentamento entre os candidatos. Até por isso, o debate da Globo foi menos eletrizante que os anteriores. E isso favoreceu a presidenta Dilma. O primeiro bloco foi o mais quente. Como já era esperado, Aécio Neves foi pra cima de Dilma usando a capa da Veja logo de cara. Dilma se saiu de forma tranquila, mas muito firme. Disse que vai processar a revista e deixou meio claro que se tratava de uma tentativa de golpe eleitoral. Nos outros blocos, o ritmo de ataques diminuiu. E o debate ficou mais tranquilo e programático. De qualquer forma, ainda houve tempo para Aécio trazer à baila o mensalão e perguntar a Dilma o que ela achava do fato de Zé Dirceu estar preso. E deu tempo também de Dilma perguntar se houve falta de planejamento