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Mostrando postagens com o rótulo Capitalismo

A naturalização da desigualdade: Por que o brasileiro defende tanto os bancos e bilionários?

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JAIRO GOMES Este artigo está baseado em publicação do Instagram  Iconografia da História , escrito por  @joelpaviotti  e  @adriana.depaula.1409 ,  onde eles tratam da   exploração como tendência preocupante e as razões subjacentes que explicam por que o brasileiro defende tanto os bancos e os bilionários. Em um país marcado pela desigualdade social e pela concentração de renda, é surpreendente observar a defesa fervorosa dos brasileiros em relação aos bancos e bilionários. Mesmo diante de evidências de juros abusivos e práticas financeiras questionáveis, muitos indivíduos encontram justificativas para proteger essas instituições e figuras poderosas.  Desigualdade como estrutura estamental O Brasil é uma nação que historicamente perpetua a desigualdade social. Com uma estrutura estamental que dificulta a mobilidade entre as classes, as chances de nascer em uma determinada posição social e permanecer nela são extremamente altas. Essa realidade torna-se análoga às sociedades estamentais

A notável aparição dos 'entregadores livres'

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Por Shyam Krishna, no site  Outras Palavras : A pandemia escancarou a precariedade e as más condições enfrentadas pelos trabalhadores da Gig Economy [forma como é chamada a economia alternativa, que engloba trabalhos temporários, como autônomos e freelancers]. Quando a maré acalmar, esses trabalhadores que estavam na linha de frente da crise, conseguirão construir um futuro mais justo? Os trabalhadores que aparecem em Reclaiming Work [algo como “Trabalho Reivindicado”] acreditam que sim. Esse breve documentário, de Cassie Quarless e Usayd Younis, da produtora Black & Brown Film , apresenta cooperativas de entregadores (de bicicleta ou motoboys) que oferecem uma alternativa socialista às gigantes Deliveroo [aplicativo de entrega de comida, popular na Europa] e Uber. De fato, La Pájara, uma das cooperativas que aparecem no documentário, foi formada após alguns onda de protesto contra a Deliveroo em Madri. Cooperativas como essas são apoiadas por uma federação ainda mais a

Amadorismo do governo paralisa negócios de mais de R$ 100 bilhões; entenda

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Por IstoÉ Dinheiro | Edson Aran  Demora de Bolsonaro para fazer indicação de novos membros para o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) paralisa órgão Toma lá, dá cá: Jair Bolsonaro usa vagas do Cade para conseguir apoio de Davi Alcolumbre (no alto) para a embaixada americana do filho, Eduardo (acima)  (Crédito:Jorge William | Renato Costa / FramePhoto / Agência O Globo | Divulgação) O homem é o lobo do homem, escreveu o filósofo inglês Thomas Hobbes, em 1651. Na sociedade capitalista, onde a concorrência e o individualismo são motores do progresso, quem vigia os lobos para que não abocanhem mais do que devem? No Brasil, é o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que tem a função de regular, fiscalizar, aprovar grandes fusões empresariais e punir abusos econômicos. O problema é que o Cade está paralisado desde julho. Quatro dos seus sete membros tiveram o mandato de dois anos encerrado este ano e os novos nomes ainda não foram indicados pel

Como o "hacker de Araraquara" mostrou quem é quem no Brasil

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PRAGMATISMO POLÍTICO Por vias tortas, o hacker de Araraquara mostrou que por mais mecanismos que se tente implementar nas democracias modernas, o papel do Estado continua sendo o mesmo da sua origem: proteger os interesses dos detentores dos meios de produção e garantir a hegemonia do capitalismo (Imagem: Reprodução/RepórterAM) por Anderson Pires* Um hacker escancarou as entranhas do Estado Brasileiro. Por vias tortas, Walter Delgatti mostrou que por mais mecanismos que se tente implementar nas democracias modernas, o papel do Estado continua sendo o mesmo da sua origem, proteger os interesses dos detentores dos meios de produção e garantir a hegemonia do capitalismo. Além disso, o episódio permitiu verificar que as percepções a respeito das mensagens de autoridades que foram roubadas do Telegram, como o ex-juiz Sérgio Moro e o Coordenador da Lava Jato, Deltan Dalagnol, estão impregnadas de moralismo. Para os apoiadores da Lava Jato, majoritariamente eleitore

'PRÁTICAS FASCISTAS SÃO FUNDAMENTAIS PARA O MODELO CAPITALISTA', DIZ JUIZ

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Para o juiz do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e doutor em Direito Rubens Casara o modelo que caracteriza a "pós-democracia" brasileira é o de um Estado que retoma o ideário neoliberal e fortalece seu poder repressivo para conter parte da população "indesejável"; para ele, se o fascismo já foi visto como obstáculo ao capitalismo, hoje é fundamental para a manutenção do modelo, que está em crise permanente – e se é permanente, nem merece ser chamado de crise, é o próprio funcionamento normal do sistema Glauco Faria, Rede Brasil Atual   - Um Estado que retoma o ideário neoliberal e fortalece seu poder repressivo para conter parte da população "indesejável". Esse é o modelo que caracterizaria a "pós-democracia", conceito utilizado pelo juiz do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e doutor em Direito Rubens Casara. No Brasil, esse Estado adquire características próprias, já que o país "se acostumou com o autoritarismo",