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STF acerta ao começar a limitar tentações autoritárias da Lava Jato

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Por KENNEDY ALENCAR  "Fundação Dallagnol" passou dos limites legais Em mais um placar apertado, 6 a 5, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que crimes conexos aos delitos eleitorais devem continuar a ser julgados em conjunto pela Justiça especial. Ou seja, como já prevê a lei, a Justiça Eleitoral apreciará casos em que há, por exemplo, crimes de corrupção e lavagem de dinheiro somados a delitos eleitorais. O STF sofreu forte pressão política da Lava Jato. A resposta mais dura veio do ministro Gilmar Mendes, acusando procuradores da República num voto para lá de duro. “Cretinos” foi o xingamento mais leve. O ministro disse que procuradores atacam ministros de tribunais superiores para atuar fora do Estado democrático de direito, comparando-os a milicianos. Ontem, o Supremo decidiu corretamente. Todo poder em excesso corrompe. Quem pode mudar a lei é o Congresso, não mais uma “interpretação” do STF sob forte pressão da manipulação da opinião pública pela Lava

Bolsonaro faz jogo político ao misturar facada com morte de Marielle

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Por KENNEDY ALENCAR Crimes são graves, mas bem diferentes BRASÍLIA “Eu também tô interessado em saber quem mandou me matar”, disse ontem o presidente Jair Bolsonaro, ao comentar a prisão de dois acusados de executar a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e o motorista Anderson Gomes. Sempre econômico ao tratar do caso, até porque a assessoria do hoje presidente disse durante a eleição que a opinião dele sobre os assassinatos seria “polêmica demais”, Bolsonaro afirmou: “Espero que realmente a apuração tenha chegado de fato a quem foram os executores, se é que foram eles, e a quem mandou matar”. Depois, falou da facada que levou na campanha, mais uma vez misturando coisas diferentes. Fez jogo político. Ao nivelar o atentado que sofreu ao assassinato de Marielle e Anderson, o presidente usa a manjada estratégia de animar o núcleo bolsonarista (extrema-direita radical que age nas redes sociais). Bolsonaro também foge de questionamentos incômodos sobre um caso que desprezou

Bolsonaro ameaça democracia; Mourão e Heleno minimizam

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Divisionista e autoritária, fala é a mais grave já feita no cargo KENNEDY ALENCAR  São Paulo Em pouco mais de dois meses de governo, o presidente Jair Bolsonaro fez ontem uma clara ameaça à democracia. Durante cerimônia militar do 211º aniversário do Corpo de Fuzileiros Navais, no Rio de Janeiro, ele disse que a democracia e a liberdade no país dependiam do desejo das Forças Armadas. “A missão será cumprida ao lado das pessoas de bem do nosso Brasil, daqueles que amam a pátria, daqueles que respeitam a família, daqueles que querem aproximação com países que têm ideologia semelhante à nossa, daqueles que amam a democracia. E isso, democracia e liberdade, só existe quando a sua respectiva Força Armada assim o quer”, afirmou o presidente. É lamentável que dois generais da reserva, o vice-presidente Hamilton Mourão e o ministro do Gabinete Institucional, Augusto Heleno, tenham que vir a público minimizar uma fala do presidente que é divisionista, autoritária e uma evid

Golden shower mascara despreparo e suspeitas de corrupção

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Barbárie é usada como arma política no debate público KENNEDY ALENCAR  São Paulo Jair Bolsonaro e seus filhos Flávio, Eduardo e Carlos usam a barbárie como uma arma política para mascarar o despreparo do presidente, as suspeitas de corrupção que rondam membros da família e as relações perigosas do clã com milicianos do Rio de Janeiro. A selvageria no discurso político é método. Bolsonaro agiu assim a vida inteira. Era previsível a repetição da fórmula quando chegasse ao Palácio do Planalto. Surpreendem-se apenas aqueles que aceitaram a “normalização” de Bolsonaro na campanha eleitoral, tratando-o como um candidato democrata. Ao longo de sua carreira política, ele defendeu a ditadura militar de 1964, dedicou o voto pró-impeachment de Dilma ao torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, ameaçou a imprensa, atacou gays, quilombolas e mulheres. É um autocrata. Em 2018, empresários, militares, políticos, jornalistas e eleitores optaram pelo autoengano para evitar o r

Virada petista é difícil, mas não impossível

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Favoritismo de Bolsonaro perde força na reta final, revela Datafolha KENNEDY ALENCAR  RIO DE JANEIRO Pesquisa Datafolha divulgada hoje (25) mostra perda da força do favoritismo de Jair Bolsonaro para ganhar a eleição presidencial neste domingo. O candidato do PSL marcou 56% contra 44% do petista Fernando Haddad. São 12 pontos percentuais de vantagem a favor de Bolsonaro nos votos válidos, mas, há uma semana, essa distância era de 18 pontos no Datafolha. Haddad reduziu em seis pontos percentuais a diferença. É difícil virar até domingo? Sim. Mas não é impossível. Bastaria a reversão de mais 6 pontos percentuais para Haddad chegar emparelhado com Bolsonaro neste domingo. A fuga do candidato do PSL de debates foi um fator que pesou no segundo turno. Essa ausência é um desrespeito ao eleitor e à democracia. Bolsonaro evitou o confronto com medo de perder votos. A intensificação da propaganda do PT na TV e no rádio com falas do próprio Bolsonaro contra direi

Janot prepara fornada de denúncias contra políticos

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Eduardo Cunha e Renan Calheiros estão na mira dos investigadores O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, prepara uma fornada de denúncias contra políticos que respondem a inquérito sobre a Operação Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal). De acordo com um dos membros da equipe de investigadores, o objetivo é fazer as denúncias antes do término do atual mandato de Janot, que acontecerá em meados de setembro. No início de agosto, será encaminhada à presidente da República a lista tríplice com os mais votados pela categoria para o cargo de procurador-geral. Apesar de haver oposição a Janot no Ministério Público Federal, ele deverá ser o nome mais votado. Assim, a presidente Dilma Rousseff ganhará um argumento político para indicar Janot para comandar a Procuradoria Geral da República por mais dois anos: está seguindo critérios que são obedecidos desde o governo Lula. Na fornada de políticos, os investigadores dão como certas denúncias contra os dois prin