Onde investir, por Dário Gomes*

“Investimentos”

O mundo moderno está fazendo investimentos, e você?


A sociedade tem recebido, através de muitas instituições, informações importantes acerca de investimento e investidores. Qual o melhor investimento? Quem está pagando as melhores taxas de juros? Onde investir para não se ter prejuízos? Como investir a longo prazo? São perguntas que requerem respostas e o mercado financeiro deve dar à sociedade as devidas repostas. Todos os dias, nos noticiários, ouvimos aceca das taxas e dos índices na bolsa de Valores. Quando os índices de juros aumentam, os investidores aplicam nas instituições financeiras, quando os juros caem, o investimento é aplicado na indústria gerando mais empregos e etc.

Existem, portanto, investimentos a curto, médio e longo prazo. Quem quiser investir para a aposentadoria, com certeza investirá à longo prazo, porém o que precisa investir para a sobrevivência escolherá os de curto e médio prazo, e assim é o mundo dos investidores. Os bancos procuram os investidores e cada dia que se passa aumenta o número daqueles que querem ter uma vida melhor, financeiramente falando.

Porém quero falar-lhes sobre outro investimento, que não depende exclusivamente de dinheiro, mas que precisa de muito mais de tempo e dedicação, o investimento com a família, e mais precisamente com os filhos.

Muitas vezes gastamos tanto (dinheiro) em preparar nossos filhos para o futuro, investimos tanto por eles, contudo não investimos neles, porque não é só o colégio de “alto padrão” que dará a formação que nossos filhos necessitam, somos nós mesmos os responsáveis por isso. O colégio oferece o preparo profissional, a formação necessária para adentrar ao mercado de trabalho, contudo, desde o nascimento passamos por diversas fases de aprendizado que não nos é dado na escola, e sim lar. Entregamos nossos filhos as mais modernas tecnologias, a babá televisão foi, aos poucos substituída pelo babá “Smartphone” e aquele cuidado e contato pessoal, pela babá câmera on line.

É bom lembrar que o sistema eletrônico não tem coração, nem alma, portanto não tem sentimentos, são meros computadores programados para tarefas específicas, e não transmitem a criança o afeto materno, nem ao adolescente o respeito que deve aprender. Rodeamo-nos de tecnologias e desligamo-nos de nossos próprios sentimentos.

Fico, cá com meus botões, a pensar o que será desta geração que está surgindo?. Qual o legado que eles estão recebendo de seus pais? Como seus pais estão investindo neles?

É preciso um pouco mais de paciência, de contato, de amizade. Parar para conviver com os filhos. Correr no parque, ensinar-lhes o valor da vida, ensinar-lhes o respeito ao próximo, ouvi-los e fazer-se ouvido por eles. Investir um pouco mais de tempo, enquanto há tempo para se fazer isso.

Temos ouvido reclamações de pais cujos filhos já não os obedecem. E porque não o fazem? Na grande maioria das vezes está no fato de que investimos muito tempo em tantas coisas, inclusive para darmos o “melhor” para eles e não investimos o nosso melhor neles, pois não há algo mais sublime e cativante e que impõe respeito aos filhos do que o convívio, o ensinar-lhes acerca da vida. 

Temos, nesta geração, o erro de criarmos nossos filhos no ninho, rodeados de todo o conforto que necessitam, e não ensinamos como enfrentarem a vida, o trânsito, os perigos, e não os ensinamos os melhores valores da convivência em sociedade. Deixamo-os dependentes para suprirmos tudo que necessitam, somos meros provedores do sustento e do luxo em que aprenderam a viver. 

Esse tipo de investimento nunca formará cidadãos de bens, esse tipo de investimento criará pessoas vadias, sem formação familiar, e sem progresso, serão grandes conhecedores, por causa dos estudos na escola, mas não saberão o que fazer com eles e se um dia, chegarem a galgar algo na vida, com certeza nunca serão gratos a seus pais por isso, embora possam ter formação superior, não verão nos pais o sentimento que tanto precisavam, serão meros frutos de uma geração que nasce como pintos em chocadeira.

Invistamos, em nossos filhos, nosso tempo e com ele nosso sentimento, nosso amor, nossa correção e com certeza esse investimento nos dará um retorno tão gratificante que poderemos dizer: Valeu a pena investir.

Um abraço e até a próxima se Deus permitir.

*Dário Gomes de Araujo é Evangelista na Igreja Evangélica Assembleia de Deus e atual gestor em São José do Egito.

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