JOESLEY COMPLETA 100 DIAS NA PRISÃO


O empresário Joesley Batista, da JBS, completa hoje 100 dias de prisão numa cela da carceragem da Polícia Federal em São Paulo, com o acordo de delação ameaçado de rescisão; pelo silêncio dos tribunais e da Procuradoria-Geral da República (PGR) não há qualquer indicativo de quando deixará a prisão, e nem sinais de quando o STF decide se mantém ou não o acordo de delação; a seu lado está o irmão Wesley Batista, com 97 dias de cárcere

247 - Entre março e abril deste ano, o empresário Joesley Batista protagonizou duas das mais espetaculares ações desde o início da Operação Lava-Jato: gravou desconcertantes conversas e, com elas, colocou contra parede o presidente Michel Temer, triturou a imagem pública do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e obteve um acordo de delação premiada com direito à imunidade penal. Era tudo que ele queria e, inicialmente para o Ministério Publico Federal (MPF), tudo que merecia. Afinal ele entregara, de bandeja, um presidente da República e um ex-candidato a presidente.

Mas não demorou muito e os ventos mudaram de direção. Joesley completa hoje 100 dias de prisão numa cela da carceragem da Polícia Federal em São Paulo, com o acordo de delação ameaçado de rescisão. E pelo silêncio dos tribunais e da Procuradoria-Geral da República (PGR) não há qualquer indicativo de quando deixará a prisão, e nem sinais de quando o STF decide se mantém ou não o acordo de delação. A seu lado está o irmão Wesley Batista, com 97 dias de cárcere.

Rodrigo Janot veio a público para denunciar a existência de uma gravação de uma conversa em que Joesley e o parceiro de delação Ricardo Saud faziam insinuações “muito graves” sobre integrantes da PGR, sobre ministros do STF e sobre o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo.

Por conta dos áudios, Joesley e Saud foram acusados de descumprir o acordo de colaboração e acabaram presos em 10 de setembro, por ordem do ministro Edson Fachin, relator do caso no STF. Três dias depois, Joesley foi alvo de uma nova ordem de prisão, desta vez expedita pela Justiça Federal de São Paulo. A ordem era extensiva também a Wesley. Os dois foram acusados de usar informações privilegiadas do acordo de delação para ganhar dinheiro no mercado financeiro. A reviravolta no caso teria levado Joesley à lona.

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