Os ministérios na mira do corte e as perspectivas da Petrobrás
Do Estadão
O presidente da Petrobrás, Pedro Parente. Crédito: Wilton Junior/Estadão
Na tentativa de conter o rombo nas contas públicas, o governo deve anunciar até sexta-feira um corte de despesas de cerca de R$ 5 bilhões. Segundo fonte da equipe econômica, os Ministérios mais afetados pelo bloqueio serão Transportes, Integração e Cidades. Eles são responsáveis por programas importantes como, respectivamente, as concessões de rodovias, portos e aeroportos para a iniciativa privada, a obra de transposição do Rio São Francisco e o Minha Casa Minha Vida.
O governo deve revisar todas as despesas para 2017 e 2018 para traçar um plano emergencial a fim de cumprir a meta fiscal, que prevê um déficit máximo de R$ 139 bilhões. No acumulado dos 12 meses até junho, porém, o rombo já chega a R$ 182,8 bilhões.
O gasto com pessoal é um dos itens mais pesados do Orçamento federal e o governo está estudando adiar os reajustes aos servidores. O aumento salarial custaria R$ 22 bilhões a mais. Diante da perspectiva, os funcionários públicos já ameaçam paralisar atividades.
Ainda na Economia, a Petrobrás tenta se recuperar após as perdas com a Lava Jato e a queda dos preços do petróleo. Ao Estadão, o presidente da estatal, Pedro Parente, garante que a petroleira está no caminho certo para ser considerada saudável até o fim do ano que vem. Uma das principais metas é diminuir a dívida da companhia. Questionado se permaneceria no cargo com uma eventual saída do presidente Michel Temer, Parente sinaliza que sim, mas impõe condição.
E nesta manhã, o ex-presidente da Petrobrás e do Branco do Brasil, Aldemir Bendine, foi preso pela Operação Cobra - 42ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal. Bendine é suspeito de pedir e receber propina milionária da Odebrecht, 'ná véspera' de assumir a presidência da Petrobrás.
Comentários
Postar um comentário